Crítica: O Homem Perfeito


Se tem alguma coisa que brasileiro gosta é de comédia. Se duvida, basta ver o lançamentos de vários títulos do gênero nos últimos anos. O mais novo a entrar para o clube é “O Homem Perfeito”, dirigido por Marcus Baldini (Uma Quase Dupla), que estreia nesta quinta-feira (27/09).

A trama acompanha Diana (Luana Piovani), uma linda moça que escreve biografias de pessoas famosas sem receber os créditos devidos. O fato é que tudo vira de cabeça para baixo quando seu marido, Rodrigo (Marco Luque), põe fim ao casamento depois de revelar que está saindo com Mel (Juliana Paiva), uma jovem dançarina.

Ao mesmo tempo em que sua vida pessoal começa a desmoronar, a escritora é incumbida de fazer um livro sobre Caíque (Sérgio Guizé), um roqueiro machista, com péssimo histórico de alcoolismo e vida sexual desvairada. Se não bastasse, Diana cria Carlos Muniz, um perfil falso no Facebook de um homem perfeito para impressionar a amante de Rodrigo e ter o seu casamento de volta.

Dentro desse cenário tumultuado, o longa caminha de maneira leve e descontraída. No entanto, a obra escorrega nos clichês clássicos de uma comédia e isso faz com que as piadas sejam previsíveis e não tão engraçadas.

Em contrapartida, é verdade que, quando as características opostas de Diana e Caíque entram em conflito (ela é toda certinha e ele totalmente o contrário), as cenas ficam mais divertidas. Destaque para o momento em que o músico finge ser Carlos no telefone para chamar a atenção de Mel e Diana começa a “torturá-lo” de maneira inusitada.

No final das contas, a mensagem que “O Homem Perfeito” traz (de que pessoas perfeitas não existem e que precisamos amadurecer ao longo do tempo) é boa e válida. Pena que ela não é abordada com a profundidade devida.

por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias