Crítica: O Exterminador do Futuro – Gênesis
Chega aos cinemas “O Exterminador do Futuro – Gênesis”, quinta produção da franquia de sucesso lançada em 1985 onde somos transportados a um futuro incerto quando as máquinas dominam e os seres humanos são caçados e exterminados.
Agora que situei a história curta quero deixar claro que você, leitor, verá na mídia diversas críticas falando mal sobre a produção e quero lembrá-lo que nosso papel como críticos é de alertar sobre os problemas de um filme, das coisas boas e por aí vai; mas neste caso percebi que muitos desses textos estão puxando para o lado pessoal mesmo, ou pior, nem sabem do que estão falando.
Qual o motivo de fazer este alerta? Simples: o filme é muito bom, e é minha opinião. Ao contrário do que vi em termos de críticas e comentários aleatórios, não devemos considerar a produção como um remake, reboot ou esquecer dos filmes anteriores, mas ter em mente que a própria temática original trata de viagem no tempo e isso ocorre magistralmente na nova obra.
Vamos recapitular os filmes e as datas: O Exterminador do Futuro (The Terminator: 1985), O Exterminador do Futuro 2: Dia do Julgamento (Terminator 2: Judgement Day – 1991), O Exterminador do Futuro 3: Rebelião das Máquinas (Terminator3: Rise of the Machines – 2003), O Exterminador do Futuro: A Salvação (Terminator: salvation – 2009) e O Exterminador do Futuro: Gênesis (Terminator: Genisys – 2015).
Os três primeiros formam o início, meio e fim de uma era. Somos apresentados ao futuro sombrio da humanidade, depois vemos como ocorre a criação da Skynet e em seguida como a inteligência artificial toma o poder. São os clássicos para qualquer um entender bem a história, mas analisando mais fundo esta trilogia tem como pano de fundo a vinda de exterminadores em pontos distintos do tempo para aniquilar Sarah Connor e evitar o nascimento do líder da rebelião: John.
Em “A Salvação” somos informados como John Conor conhece Kyle Reese, o humano enviado ao passado para salvar Sarah e se tornar seu pai. É então uma história paralela que envolve outra interferência de viagem no tempo. E agora com “Gênesis”, conseguiram fazer uma junção e alinhar os paradoxos (termo utilizado para referenciar quando uma alteração na linha do tempo prejudica ou altera a história como a conhecemos) que estavam soltos e transformar toda a linha do tempo de todos os filmes.
Não posso falar muito dessa alteração, pois seria um caso grave de spoiler e não quero estragar a surpresa, mas a Sarah Connor que conhecemos terá outra história de vida, Kyle Reese será ou não o pai de John e a Skynet (agora Gênesis) foi adaptada para nossos dias, pois na época do lançamento do primeiro filme da franquia, o nosso futuro ainda era incerto, não havia nenhuma chance de acertarem 100% como seria a vida em 1997 e muito menos em 2015. Houve uma repaginada na história, foi melhorada para a atualidade com celulares e tablets e outras tecnologias, o que tornou, em minha opinião, muito mais fácil acreditar que estamos perto de algo parecido.
O bom e velho (67 anos) Arnold Schwarzenegger está melhor do que nunca no papel que o lançou como astro, é o típico robô monossilábico e acredite se quiser, engraçado. O roteiro valorizou pequenas piadas que para o nível de atuação de Arnold ficaram ótimas. E como explicar um exterminador mais velho? Fácil: a pele sintética envelhece.
Outra crítica que vi por aí é quanto à escolha de Emilia Clarke como a nova Sarah Connor que não chega aos pés de Linda Hamilton. Claro que não, mas a menina faz bem o papel e ganhou meu ponto positivo então desconsiderem esse tipo de comentário. Estão tentando comparar épocas e pessoas diferentes, isso no quesito roteiro e atuação.
Bom, espero ter ajudado em sua escolha, acredito que não vá se arrepender, mas vá de mente aberta, pois é uma montanha russa de mudanças na linha do tempo que farão seus olhos saltarem. O filme não é um “novo Exterminador”, mas uma nova visão de uma outra forma de contar a trama.
Vá ao cinema e extermine o tédio.
por Clóvis Furlanetto – editor CFNotícias