Crítica: “O Destino de uma Nação”


Chega aos cinemas uma obra-prima de cunho histórico: “O Destino de uma Nação” (Darkest Hour) que nos conta os momentos dramáticos da história mundial, quando o então primeiro ministro britânico Winston Churchill teve que se preparar para lutar não apenas contra a ameaça nazista, mas também contra o seu partido, o rei da Inglaterra e a dúvida entre negociar um acordo de paz ou ir à guerra.

Baseado no livro de Anthony McCarten de mesmo nome, o filme retrata com uma fidelidade impressionante a época em que Churchill foi nomeado primeiro ministro britânico e sua luta contra inimigos internos e externos para implementar sua política belicista como a única forma de deter o avanço nazista na Europa da segunda grande guerra em 1940.  O autor conseguiu por meio de extensas pesquisas e entrevistas mostrar os momentos mais importantes deste período da história humana e faz revelações impressionantes.

Gary Oldman encarna o famoso estadista e além de uma atuação que tira o fôlego ele está irreconhecível no papel. Caso comparemos uma foto de Churchill da década de 1940 e alguma imagem de divulgação do filme é praticamente impossível notar a diferença. A entonação de voz do ator consegue mimetizar fielmente a original de discursos proferidos na época.

A recriação dos ambientes originais é outro ponto importante. É como se estivéssemos na velha Londres em época de guerra. Conseguimos sentir no ar o clima de tensão e desespero que uma ação dessas provoca em uma população e seus líderes e como pode trazer à tona os piores sentimentos e atitudes que um ser humano poderia revelar.

Churchill foi uma lenda em seu tempo, manteve sua posição pró-guerra até o final e somos apresentados neste filme ao homem por trás do estadista. Vemos seus vícios e defeitos, mas também o grande carisma, inteligência, sagacidade e preocupação com o próximo.

E como diria o próprio Churchill: “Se você está atravessando o inferno…não pare.” Então, não pare no meio do caminho, vá ao cinema e esteja preparado para uma trama que prenderá sua atenção do começo ao fim.

Por Clóvis Furlanetto – editor