Crítica: Mulher-Maravilha 1984
Chega aos cinemas e plataforma digital HBO MAX, o aguardado filme “Mulher-Maravilha 1984” (Wonder Woman 1984), que nos levará em uma maravilhosa viagem pelo tempo até o ano que dá nome à produção. É um resgate de uma época que marcou várias pessoas e continua no imaginário de tantas outras.
Sinceramente, a diretora Patty Jenkis conseguiu se superar. “Mulher-Maravilha 1984” é superior ao primeiro longa da heroína lançado em 2017. Ainda assim, já ouvi comentários depreciativos de algumas pessoas que acredito não terem entendido a trama e, em minha opinião, um ponto de que não devem ter gostado é que a década de 1980 que foi retratada nas telas não possuía a tecnologia de redes sociais digitais, ou seja, Internet.
A verdade é que temos uma obra com texto maravilhoso, atuações sensacionais e foco na história – e não nos smartphones, que também não existiam. Você precisava de um telefone público (o famoso “Orelhão”) para fazer suas ligações, caso não tivesse um telefone fixo ou os celulares básicos da época.
É nesta falta de tecnologia que Patty nos conquista, pois ela fez uma linha do tempo na vida da Mulher-Maravilha (Gal Gadot) pela qual somos transportados do final da Segunda Guerra Mundial em 1945 (aproximadamente) no primeiro filme, e chegamos a 1984 com uma continuação onde temos uma personagem mais forte e centrada.
Estou apenas citando as épocas retratadas nas duas obras, não há no início desta nova produção um resumo do longa anterior, mas temos uma abertura na Ilha Paraíso de tirar o fôlego.
A atenção aos detalhes é fenomenal, conseguimos nos situar na época e voltar realmente a 1984, e como citei anteriormente, a falta de tecnologias modernas é uma brisa refrescante neste mundo em que vivemos e somos escravos de redes sociais digitais e smartphones com câmeras em todos os lados, onde quer que estejamos.
Uma dúvida que me deixava encucado era como Steve Trevor (Chris Pine) teria seu retorno, mas novamente Patty conseguiu me surpreender e devo meus agradecimentos pela maneira inteligente e sensível como este personagem importante para a mitologia de Mulher-Maravilha foi inserido na trama.
Não poderia deixar de falar sobre os vilões interpretados por Kristen Wiig como Mulher-Leopardo e Pedro Pascal como Max Lord, que estão fenomenais. Eu realmente acreditei que os dois tivessem saído das páginas das histórias em quadrinhos e estavam ali, bem na minha frente na tela do cinema. Além, é claro de Gal Gadot que está perfeita no papel principal: sua destreza física e interpretação são um show totalmente à parte. Temos uma Mulher-Maravilha real, humana e cativante.
Meu desejo é continuar escrevendo, mas correria o risco de soltar alguma informação que prejudicaria sua diversão, então irei me controlar e deixar que você veja com seus próprios olhos a mais maravilhosa produção deste final de ano.
E um detalhe importante: não saia até o final dos créditos, pois há uma cena adicional que fará seus olhos ficarem cheios de lágrimas. Infelizmente essa emoção ainda não tive (mas soube em primeira mão qual é), pois a exibição para a Imprensa no Brasil e no mundo não contou com essa cena, que foi deixada para ser exibida na estreia. Nada mais justo para os fãs.
Tome todos os cuidados necessários se for ao cinema e curta, pois valerá cada segundo de exibição na grande tela.
por Clóvis Furlanetto – Editor 80´s
*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Warner Bros. Pictures.