Chega aos cinemas a nova produção dos estúdios Disney com uma história de origem: “Mufasa: O Rei Leão” (Mufasa: The Lion King), conta a trajetória do pai de Simba antes de se tornar regente.
Na obra dirigida por Barry Jenkins, o ainda filhote Mufasa (nessa fase, com a voz de Braelyn Rankins na versão original e Lorenzo Tarantelli na versão nacional) vive com seus pais Afia (Anaki Noni Rose / Amanda Vicente) e Masego (Keith David / Max Grácio) e busca por Milele, um reino mítico onde não há escassez de água e comida.
Mas o destino o separe de sua família e ele é adotado pelo Rei Obasi (Lennie James / Wellignton Lima) e se torna irmão de Taka (nessa fase, com as vozes de Theo Somolu / Cauê Enzo) que será no futuro o temível Scar.
Nesta aventura, eles enfrentam diversos desafios e encontram figuras que serão fundamentais em seu futuro: a futura mãe de Simba, Sarabi (Tiffany Boone / Luci Salutes), do sábio Rafiki (nessa fase, com as vozes de Kagiso Lediga / Eduardo Silva) e do atrapalhado pássaro Zazu (Preston Nyman / Arthur Berges).
A partir do roteiro de Jeff Nathason, a narrativa apresentada em tela é mostra-se repleta de camadas e deve ser apreciada e vivida pelo público em toda sua complexidade. Tal experiência serve para compreender e sentir toda a dramaticidade e emoção desta obra cinematográfica. São tratados assuntos importantes como família, honra, traição, amor e a lição de que os sonhos devem ser seguidos para atingirmos a felicidade. A cada dificuldade, uma nova lição será aprendida, ou não, dependendo do personagem e seu caráter.
Claro que Timão (Billy Eichner / Ivan Parente) e Pumba (Seth Rogen / Glauco Marques) estão presentes, mas em papéis menores para um alívio cômico em certos momentos específicos. O que não diminuiu a importância destes maravilhosos coadjuvantes.
Através da narração de um já vivido Rafiki (John Kani / Bukassa Kabengele), o roteiro explora de modo muito competente o passado de Mufasa (Aaron Pierre / Pedro Caetano) e Taka / Scar (Kelvin Harrison Jr, / Hipólyto), pois nunca havia sido contada a origem de nenhum dos dois e como se tornaram inimigos mortais.
Os traços dos personagens estão maravilhosos e refletem as expressões faciais e corporais com maior precisão que seu antecessor, “O Rei Leão”, lançado em 2019. Há um nítido trabalho de pesquisa e dedicação dos animadores que merece ser reconhecido. A trilha sonora composta por Lin-Manuel Miranda é impressionante e está ligada perfeitamente ao estilo das canções originais apresentadas na animação de 1994.
E por falar em música “Mufasa: O Rei Leão” não exagera no tempo de canções em tela, o que faz dele um filme de animação mais completo, e não apenas um musical, onde a preferência é pelas paradas na narrativa para que os personagens interpretem suas músicas. Estes momentos ocorrem apenas em pontos chave da produção.
Não perca essa grande oportunidade de assistir a uma produção única e emocionante. Vá ao cinema de coração aberto, para celebrar a ascensão de um verdadeiro rei.
por Clóvis Furlanetto – Editor
*Título assistido em cabine de Imprensa promovida pela Walt Disney Studios Br.