Crítica: Minha Mãe é Uma Peça 2


Cena de Minha Mãe é Uma Peça 2

Para quem acompanha a carreira de Paulo Gustavo (Vai Que Cola: O Filme) sabe que seu principal personagem é a Dona Hermínia, protagonista de “Minha Mãe é Uma Peça que, devido ao sucesso do longa em 2013, ganha agora uma sequência. Pena que “Minha Mãe é Uma Peça 2” não cativa tanto quanto deveria.

O maior problema é ter uma trama sem um fio condutor definido. Infelizmente, o que vemos são apenas esquetes do dia a dia da Dona Hermínia, o que deixa a sensação de uma história sem começo, meio e fim. Tudo bem que há trechos engraçados, como a bronca que a protagonista dá no netinho após ele quebrar um vaso, mas isso não é suficiente para sustentar o enredo como um todo.

A maioria das piadas não é tão engraçada por possuir a mesma fórmula do primeiro filme. Para se ter ideia, mais uma vez o que prevalece é o jeito extravagante e escandaloso da protagonista na hora de fazer as coisas do dia a dia, como fazer compras e cuidar da casa.

Dessa vez, o longa traz um novo momento da mãe mais famosa do Rio de Janeiro. Bem rica por apresentar um programa de TV, ela precisa encarar fortes mudanças em sua vida. Isso porque Pedrinho, seu primeiro neto, vai visitá-la e Juliano (Rodrigo Pandolfo) e Marcelina (Mariana Xavier) resolvem sair de casa.

Enquanto tenta digerir as surpresas, ela ainda recebe a visita da irmã Lucia Helena (Patricya Travassos), a ovelha negra da família que mora há anos em Nova York. O curioso é que a estadia da moça promete ser mais longa do que desejada.

Nesse caso, vale destacar a inclusão dessa personagem pois faz um contraponto interessante com a protagonista. Enquanto Hermínia chega extravagante na hora de criticar e colocar seu ponto de vista, Helena chega mais apaziguadora, criando diálogos divertidos com a irmã.

No entanto, as virtudes ficam por aí. Repetitivo e exagerado, “Minha Mãe é uma Peça 2” cai na mesmice de sempre, ou seja, chove clichês que já estão bem batidos na comédia brasileira. Além disso, tem um roteiro fraco, que não se preocupa em trazer alguma coisa diferente.

Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias