Crítica: “Maze Runner: A Cura Mortal”


Chega hoje aos cinemas a conclusão da adaptação cinematográfica da obra literária escrita por James Dashner em 2009 e dividida em seis livros (Três dos quais chegaram às telonas). “Maze Runner: A Cura Mortal” (Maze Runner: The Death Cure) encerra a trajetória dos heróis do labirinto que buscam uma saída ou salvação para suas vidas que estão em ameaça constante.

O primeiro filme lançado em 2014, “Maze Runner: Correr ou Morrer” nos mostrou a situação de diversos jovens que eram levados para uma área desconhecida e cercada por um imenso muro que abrigava uma estranho e mortal labirinto. A promessa de seus captores ocultos era de que se alguém conseguisse passar pelos perigos do labirinto teria sua liberdade. Um verdadeiro engodo, mas não contarei mais detalhes para não estragar o prazer de assistir ao filme e ter sua própria surpresa e espanto ao constatar que a verdade é aquilo que querem que acreditemos.

Os desafios mudaram, mas o perigo permaneceu constante em “Maze Runner: Prova de Fogo” (2015). Agora em “Maze Runner: A Cura Mortal” o elenco principal retorna mais uma vez e com algumas surpresas inesperadas de pessoas chave para a trama. Thomas (Dylan O’Brien) e Newt (Thomas Brodie-Sangster) devem invadir a chamada “Última Cidade” da Terra e enfrentar os asseclas da empresa C.R.U.E.L. para libertar seu amigo Minho (Ki Hong Lee), mantido como cobaia para experimentos de ética duvidável.

Além disso cabe a eles a responsabilidade de decidir até que ponto cabem recursos para tentar livrar a humanidade de uma doença mortal que continua afetando pessoas ao redor do globo. Mas a dúvida principal é se os heróis irão até o final em sua busca ou se apenas se curvarão ao desejo e necessidade de uma vida melhor, mas ilusória.

A narrativa busca evidenciar as relações humanas em uma situação extrema de total desespero e desesperança em um mundo onde uma epidemia mortal avança mais rapidamente do que as soluções encontradas para uma possível cura são criadas. Temos a oportunidade de ver como o ser humano reage quando está desprovido de suas noções de liberdade e compaixão. O que vale neste ambiente é a célebre frase “cada um por si” e o companheirismo fica restrito apenas àqueles que ainda mantêm íntegro o verdadeiro sentido de humanidade.

Vá ao cinema e prepare-se para correr para a diversão.

por Clóvis Furlanetto – Editor