Crítica: Maligno
Chega aos cinemas o mais novo trabalho do aclamado diretor James Wan. “Maligno” (Malignant) cumpre a promessa e leva o terror a um novo patamar de medo e suspense que os fãs ainda não haviam experimentado e que tem tudo para se colocar entre grandes nomes do popular gênero cinematográfico.
Falar sobre o filme roteirizado por Ingrid Bisu, Akela Cooper e James Wan não é uma tarefa das mais fáceis, pois qualquer informação que cite determinada cena poderá comprometer a diversão e a experiência proporcionadas aos espectadores.
A trama base é sobre a vida da jovem Madison (Annabelle Wallis) que tem visões aterrorizantes sobre assassinatos cometidos pelo cruel e misterioso Gabriel. A protagonista nada consegue fazer para se desvencilhar de todo o horror que presencia (as cenas que mostram os cenários se desfazendo ao seu redor – vistas em partes no trailer oficial – são excelentes), mas este é apenas o início de seu tormento, pois seu passado voltará para assombrá-la ainda muito mais.
Como podem notar, minha descrição acima foi a mais simples possível, pois se eu ultrapassar uma única linha posso incorrer no erro de contar algo que não devia. E, com toda a certeza do mundo, eu condeno quem faz isso de propósito. A grande sensação de longas como “Maligno” está exatamente na descoberta e na surpresa nas sequências apresentadas em tela.
Para quem não conhece o trabalho de James Wan como diretor de terror, vale lembrar que ele esteve à frente de obras aclamadas como “Invocação do Mal” 1 e 2, além do clássico “Jogos Mortais”. Ou seja: é fácil imaginar que, mais uma vez, ele sabe o que está fazendo e realmente faz muito bem.
Ele consegue nos arrastar por um turbilhão de emoções diferentes: quando você acredita que chegou a uma conclusão (até mesmo “óbvia”), o jogo muda por completo e novos elementos nos são atirados na cara fazendo nossas “sólidas teorias” desmoronarem.
Em uma das muitas entrevistas que o diretor concedeu à imprensa internacional, ele citou que o filme também seria uma homenagem aos clássicos do gênero de várias décadas, o que conseguiu cumprir com maestria. Mas, alerto que você precisa ficar atento a estes detalhes que fazem da produção muito mais do que um simples exemplar “trash” – o que poderia ser imaginado à primeira vista, já que muitas obras de 1980 e 1990, por exemplo, possuem narrativas pra lá de absurdas.
De maneira certeira e surpreendente, a história nos envolve e quase retira nossas almas dos corpos a cada nova cena sombria e cheia de mistérios. Não consegui desgrudar os olhos da tela em nenhum minuto sequer.
Quer assistir a um filme de terror como jamais viu? Então “Maligno” é o que você procura. Cumpra as medidas de segurança e corra para os cinemas para acompanhar essa inesperada e incrível novidade.
por Clóvis Furlanetto – Editor
*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Warner Bros. Pictures.