Crítica: Invasão a Londres
Ataque terrorista é um tema recorrente nos thrillers de ação. Vira e mexe é possível encontrar filmes ou séries de TV sobre esse tema. Quem aí já se esqueceu de “24 Horas”, “O Suspeito” e “Rede de Mentiras”? Pois é, “Invasão a Londres”, sequência de “Invasão a Casa Branca”, mais uma vez se apega a esse assunto que é importante, mas já está batido em Hollywood.
No entanto, o principal problema do longa nem é esse e, sim, exagerar na hora de mostrar o patriotismo americano. Claro que essa não é a primeira vez que isso acontece, mas nesse caso o nacionalismo exacerbado incomoda, pois tudo que ocorre na trama gira em torno disso.
Sem contar que toda a preocupação de mostrar esse amor exagerado pela pátria deixa alguns diálogos redundantes e até forçados, fugindo do clima tenso que a história proporciona. Em compensação, a volta do elenco original é um dos pontos fortes do filme. Gerard Butler (300) mais uma vez mostra vigor e agilidade nas cenas de ação e Morgan Freeman está seguro na pele do vice-presidente Allan Trumbull.
A trama da sequência é simples. Depois de salvar a vida do presidente dos Estados Unidos (Aaron Eckhart) no primeiro filme, o agente Mike Benning (Gerard Butler) está de volta à Casa Branca e é um dos homens de confiança do mandatário norte-americano. Com a esposa grávida, ele quer levar a vida da maneira mais tranquila possível.
Tudo começa a mudar quando o Primeiro Ministro inglês morre misteriosamente e faz com que Benning tenha que acompanhar seu chefe até Londres para o funeral do político. O evento é obrigatório para os principais líderes do mundo, ou seja, é a ocasião perfeita para terroristas atacarem o presidente da terra do Tio Sam.
Se o longa exagera na mensagem patriótica, pelo menos acerta nas cenas de ação, que se destacam com grandes explosões e perseguições eletrizantes. Além disso, o roteiro traz algumas reviravoltas que ajudam a alimentar a tensão que a história necessita.
Quem gostou de “Invasão a Casa Branca” certamente vai curtir de “Invasão a Londres”, afinal de contas, possui cenas empolgantes e funciona como um bom entretenimento. No entanto, o longa não traz nada de novo e escorrega por se preocupar demais em mostrar que os americanos amam seu país e, principalmente, por não tentar uma nova abordagem para um tema interessante, mas que já está manjado.
por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias