Crítica: Independence Day – O Ressurgimento


Poster Independence Day: O Ressurgimento

Lançado em 1996, “Independence Day” foi uma sensação devido aos seus efeitos especiais modernos para a época e também por causa da sua trama, que, apesar de bem ufanista, era envolvente e tensa ao mesmo tempo. Agora, chega aos cinemas a sequência, “Independence Day: O Ressurgimento”, e infelizmente o longa está longe de ser a sensação que o seu antecessor foi.

Ao contrário do primeiro, o novo longa de Roland Emmerich (diretor do filme de 96) não é bem elaborado. Prova disso são os fatos colocados de maneira bem vaga para o espectador. Em o Ressurgimento, as coisas acontecem bem rapidamente, o que deixa tudo bastante confuso. Assim, quem assiste ao filme não consegue se envolver com a trama.

Além disso, a continuação escorrega feio nos erros de continuidade. Um que chama atenção é o fato do agora ex-presidente Whitmore (Bill Pullman) aparecer bem debilitado mentalmente, andando com uma bengala e, pouco tempo depois, sem uma explicação lógica, surgir totalmente saudável, caminhando normalmente e pronto para mais uma batalha contra os alienígenas.

Na história, podemos ver o que acontece 20 anos depois do primeiro ataque alienígena. Agora, os extraterrestres chegam com tudo e os humanos precisam vencer os inimigos com uma geração nova de pilotos, que ainda conta com a ajuda de alguns veteranos, como David Levinson (Jeff Goldblum), Dr. Okun (Brent Spiner) e Judd Hirch (Julius Levinson).

Quanto às qualidades, a volta do elenco original é o ponto mais forte do longa. Sem dúvida, é muito bom ver juntos novamente, Goldblum, Pullman, Spiner e Hirch, afinal de contas, eles conseguem atrair o público para essa sequência. Pena que Will Smith não tenha aceitado retornar. Com certeza, sua presença iria contribuir (e muito) para o bom andamento da trama.

Se você espera que “Independence Day: O Ressurgimento” honre a memória do primeiro filme é bom não se animar. Devido aos seus problemas de narrativa, o longa não cria a empatia que a franquia merece, o que é uma pena. De qualquer forma, se você quer apenas ver muita ação, elementos em grande proporção e explosões mirabolantes, o longa deve agradar e entreter do início ao fim.

Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias