Crítica: Homem-Aranha no Aranhaverso


Sem enrolação, “Homem-Aranha no Aranhaverso” é o filme mais completo do herói. E não é só porque reúne as melhores versões do personagem de uma vez, mas também por abordar com detalhes as principais características do universo vivido pelo Amigo da Vizinhança.

Para quem curte o Cabeça de Teia, é um prato cheio, ou melhor, um banquete de diversão. Com um ritmo acelerado, a animação dirigida por Bob Persichetti (O Pequeno Príncipe), Peter Ramsey (A Origem dos Guardiões) e Rodney Rothman (Anjos da Lei 2) capta de maneira eficiente a essência das Histórias em Quadrinhos estreladas pelo protagonista em questão. Desde o início, a trama se mostra divertida para todas as idades e objetiva com o seu propósito de agradar ao mesmo tempo os fãs mais ferrenhos e os mais leigos.

Logo na introdução, temos Peter Parker (Chris Pine), o Homem-Aranha mais conhecido do grande público, contando sua história (aí vale exaltar as referências aos longas antigos do herói). Depois de descobrir que o ídolo perdeu a vida de maneira inesperada, o jovem Miles Morales (Shameik Moore), um garoto negro que vive no Brooklyn, em Nova York, vai visitar o túmulo do astro americano.

Depois de ser picado por uma aranha radioativa e se deparar com o Peter Parker (Jake Johnson) de uma dimensão paralela, o rapaz fica ainda mais surpreso. Com a chegada de outras versões distintas do aracnídeo, eles terão que impedir Wilson Fisk (Liev Schreiber), o Rei do Crime, de executar seu plano maligno.

Nesse cenário, vale destacar a presença de Gwen Stacy (Hailee Steinfeld), uma heroína que ajuda Morales e Parker a cumprir sua missão. Desde sua primeira cena, o público já percebe uma ótima conexão entre jovem poderosa e os protagonistas. Outra bola dentro é o divertido Spider-Ham (John Mulaney), uma espécie de “Porco-Aranha” que rouba a cena com piadas afiadas e hilárias.

Para um herói que já tem uma grandes galeria de filmes (com erros e acertos, é verdade), “Homem-Aranha no Aranhaverso” é um tiro certeiro no alvo, ou seja, um golaço em final de campeonato, afinal de contas, não é sempre que se tem a chance de ver todas as faces de um herói em uma mesma história. Partiu cinema, pois um dos melhores filmes (pode ser o melhor para muitos) do Amigão da Galera chegou!

por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias