Crítica: Homem-Aranha: Longe de Casa
É possível afirmar que a Marvel mudou a forma de como vemos os filmes de heróis, já que todo lançamento é um evento. Se duvida, basta lembrar o que foi o alvoroço na chegada de “Vingadores: Ultimato” (o longa se tornou uma das maiores bilheterias da história do cinema com mais de 2 bilhões de dólares). Agora, é a vez do amigão da galera ter a sua festa de gala com “Homem-Aranha: Longe de Casa”.
No entanto, o longa não é digno de uma festa tão pomposa, afinal de contas, não traz nada inovador entre os longas de heróis. Isso torna o filme o ruim? Não. Quem gosta do personagem e de “Homem-Aranha: De Volta Ao Lar” certamente vai se divertir com a nova aventura de Peter Parker (Tom Holland).
Depois dos acontecimentos de “Ultimato”, o jovem tenta superar a perda de Tony Stark (Robert Downey Jr.) saindo de férias com os amigos da escola, além de querer impressionar e conquistar MJ (Zendaya). Para isso, ele busca fugir de tudo o que é relacionado ao teioso. Até as ligações de Nick Fury (Samuel L. Jackson) são ignoradas.
Mas como todo momento de tranquilidade tem o seu fim, tudo muda quando o próprio ex-diretor da Shield vai até Veneza e leva Peter para conhecer Quentin Beck/ Mistério (Jake Gyllenhaal), um sujeito que tenta acabar com uma ameaça poderosa que pode destruir o planeta Terra. Por mais que o protagonista tente fugir, ele percebe que sua responsabilidade é bem maior, pois percebe que há muitas coisas estranhas em torno dessas ameaças.
E é a partir daí que o longa engrena e engata boas sequências de ação. Vale destacar as cenas em que Peter usa um óculos tecnológico deixado por Stark. Aliás, a tecnologia avançada de Tony Stark é uma das marcas registradas da versão do Aranha vivido pelo ator de “O Impossível”.
O que também merece elogio é o elenco. Enquanto Holland mais uma vez se mostra totalmente à vontade com seu personagem, Gyllenhaal está bem seguro como antagonista. Marisa Tomei (O Lutador) e Jon Favreau (Homem de Ferro) também roubam a cena, já que proporcionam momentos divertidos e cômicos ao longo da trama.
Mesmo com os clichês dos filmes de heróis e sem o impacto emocional e a pompa que “Vingadores: Ultimato” traz, “Homem-Aranha: Longe de Casa” tem seus momentos empolgantes (a primeira cena pós-crédito é o melhor deles) e consegue cativar os amantes do Universo Cinematográfico da Marvel.
por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias