Crítica: Freaky: No Corpo de um Assassino


Chega aos cinemas o novo filme da Blumhouse, distribuída pela Universal Pictures, que tem a missão de mesclar terror com comédia (e vou além, com suspense) e promete arrebatar ou dilacerar (de prazer) os corações dos fãs dos gêneros citados. Freaky: No Corpo de um Assassino” (Freaky) é uma  surpresa maravilhosa neste final de ano.

A história não poderia ser mais inusitada, fugindo dos tradicionais estereótipos de assassinos em série que vão andando atrás de suas vítimas que correm quilômetros e os maníacos as alcançam sem esforço, a produção nos apresenta “O Carniceiro” (Vince Vaughn), que assassina suas vítimas (normalmente adolescentes) em qualquer lugar, não havendo um padrão. Mas, quis o destino que ele encontrasse uma adaga amaldiçoada e quando tenta fazer da jovem Millie (Kathryn Newton) sua mais nova presa, utilizando o artefato, eles trocam de corpo. Literalmente.

Neste momento as maiores loucuras começam a acontecer, pois a garota acorda no covil do serial killer. Agora imaginem uma adolescente de estatura mediana, de repente se ver no corpo de um homem enorme, sem saber o que está acontecendo e sendo perseguida pela polícia. Por outro lado, o Carniceiro ao descobrir sua nova situação, começa logo a tirar proveito da “inocência” adquirida e sai matando quem pode. Mas existe um detalhe importante: Millie só tem 24 horas para desfazer a troca, caso contrário ficará presa no corpo errado para sempre.

Em minha opinião, um dos tipos de interpretação mais complicados, é exatamente a que coloca um ator e uma atriz em uma troca de corpos, pois a tendência é que o homem faça gestos exagerados para dar a impressão de que é uma mulher, o que não acontece no filme, pois Vaughn conseguiu canalizar toda a essência de Millie nas telas. O mesmo acontece com Kathryn Newton, já que temos a nítida impressão que é uma  outra pessoa em seu corpo.

Recomendo que vocês ao assistirem ao longa prestem atenção nas cenas de perseguição e mortes, pois há diversos elementos de outras famosas obras como “Sexta-feira 13” e o “Massacre da Serra Elétrica”, fora os tradicionais clichês (sensacionais) deste tipo de produção.

“Freaky: No Corpo de um Assassino” é bem produzido, dirigido e coreografado em todos os seus elementos e que vale a pena que seja visto e revisto outras vezes. Lembrando sempre as importantes medidas de segurança que devem ser tomadas nessa complicada e assustadora época pela qual estamos passando.

por Clóvis Furlanetto – Editor Freak

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Universal Pictures.