Crítica: Eternos Companheiros


Um senhor que fica cego e adota um cachorro para lhe ajudar nas tarefas do dia a dia. Esse é o enredo de “Eternos Companheiros” (Xiao Q), longa chinês que chega essa quinta-feira (19/08) aos cinemas do Brasil. A premissa pode não ser uma novidade, mas a forma que a trama é contada é criativa e até emocionante.

Isso porque em momentos importantes, temos literalmente o olhar da cadela “Little Q”, protagonista do longa. É bem interessante quando vemos as imagens que ilustram exatamente o que ela vê e sente.

Baseado em fatos reais e no livro japonês “The Life of Quill, The Seeing-Eye Dog” (A Vida de Quill, a cadela-guia, em tradução livre), de Ryohei Akymoto, o filme conta a trajetória de uma labradora que está treinando para se tornar um cão-guia para cegos.

Quando o seu treinamento é encerrado, Little Q é enviada para ajudar um chef de cozinha famoso, chamado Lee Bo Tyng (Simon Yam). Depois de perder a visão recentemente, o sujeito se tornou amargo e irritado, tanto que reluta em confiar na sua nova companheira. Apesar de ser afastada várias vezes, a cachorra demonstra sua lealdade ao tutor e tenta ensiná-lo uma nova maneira de encarar a vida.

A história é bem simples, sem grandes reviravoltas. O legal aqui é justamente acompanhar o amadurecimento de Little Q e seu tutor.  Agora, é importante dizer que a trama passa por momentos muito tristes, é bom o espectador estar preparado para situações bem dramáticas e de arrancar o coração.

Assim como “Marley e Eu”, “Sempre ao Seu Lado” e “Quatro Vidas de um Cachorro”, “Eternamente Companheiros” emociona e traz uma sensibilidade, que nos reforça a mensagem de que o cão é o melhor amigo do homem.

por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias

*Título assistido via streaming, a convite da A2 Filmes.