Crítica: Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes

“Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes” (Dungeons & Dragons: Honor Among Thieves) é uma adaptação do famoso RPG de mesa Dungeons & Dragons, mas não é a primeira: outros dois filmes foram produzidos baseados no jogo, em 2000 e 2005, mas sem muito sucesso.

Nesta nova obra, dirigida por John Francis Daley e Jonathan M. Goldstein, acompanhamos um grupo de aventureiros que embarca em uma grande jornada para recuperar uma relíquia mágica. Assim como o jogo, o mundo de Dungeons & Dragons é habitado por elfos, dragões, orcs e outras criaturas fantásticas.

O filme se inicia com o bardo Edgin, interpretado por Chris Pine, reunindo um improvável bando de aventureiros para a missão de resgatar uma relíquia capaz de ressuscitar sua esposa e recuperar a confiança de sua filha Kira (Choe Coleman).

O grupo é composto pela corajosa bárbara Holga (Michelle Rodriguez), a Druida Doric (Sophia Lillis) e o atrapalhado mago Simon (Justice Smith), além de receber a ajuda do paladino Xenk (Regé-Jean). Eles se arriscam por lugares perigosos e misteriosos e precisam lidar com todos os desafios que surgem em seu caminho.

Os personagens são divertidos e interessantes, e há uma boa interação entre eles na tela, mas é uma pena que o personagem de Hugh Grant, Forge Fitzwilliam, não tenha aparecido mais.

Com roteiro de Chris McKay e Michael Gilio, o longa tem uma ótima ambientação, os cenários são bem elaborados, e bem diversos entre si. Também conta com várias referências do jogo de mesa, o que certamente agradará os fãs mais ávidos do RPG.

A trama é daquelas em que a jornada é mais interessante que o destino, pois a produção perde um pouco do ritmo na reta final, com algumas soluções que parecem deslocadas do resto, mas nada que comprometa muito o desenvolvimento.

Apesar de não se aprofundar muito, “Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes” entrega o que promete: uma boa aventura em um mundo mágico, com personagens carismáticos, e pode ser um bom início para uma saga de filmes.

Definitivamente, essa adaptação se saiu muito melhor que as duas interiores e a possibilidade de outras sequências surgirem não parece muito distante.

por Isabella Mendes – especial para CFNotícias

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Paramount Pictures.