Crítica – Drop: Ameaça Anônima

Distribuído pela Universal Pictures, chega aos cinemas brasileiros um suspense de tirar o fôlego: “Drop: “Ameaça Anônima” (Drop).

Sinceramente, este filme me surpreendeu, pois estava esperando uma produção mais no estilo de um crime onde haveria os dramas de um herói (neste caso, uma “heroína”) em contraposição ao tradicional vilão.

Porém, temos uma narrativa que leva o espectador por uma jornada alucinante, durante a qual temos a mesma visão da personagem principal sobre a ação que foi inserida, ou seja, estamos no escuro total sobre quem é o culpado e como as situações estão sendo desenvolvidas.

A trama básica apresenta Violet (Meghann Fahy), que tenta seguir sua vida após a morte do marido, Blake (Michael Shea). Ela é mãe do garotinho Toby (Jacob Robinson), e tem a ajuda fundamental de sua irmã Jen (Violett Beane), para assumir a tarefa de mãe independente.

Mesmo após enfrentar tantos problemas, a protagonista decide dar uma nova chance para o amor e marca um encontro em um grande restaurante com Henry (Brandon Sklenar), fotógrafo que conheceu através de um aplicativo. O que ela não sabe é que, durante o jantar, receberá inesperadas mensagens anônimas que podem mudar o rumo não só de sua noite romântica, mas de sua vida e daqueles que a cercam.

A partir dessa premissa, o enredo será desenvolvido nas ações de Violet e sua desesperada corrida para evitar o acontecimento de uma grande tragédia.

Praticamente toda a história será contada tendo como cenário o tal restaurante do encontro, e apresentará boas sequências de ação, intercaladas a outras menos enérgicas, mas também com um bom grau de apreensão. Há vários outros personagens entrando e saindo de nosso raio de visão a todo instante, a fim de aumentar a dúvida sobre quais têm importância para a revelação do mistério e quais são apenas coadjuvantes.

As jogadas de câmera e os cortes de cena estão precisos e indicam o tempo da ação de maneira clara e objetiva, especialmente quando os picos de tensão atingem seus maiores momentos. O roteiro de Jillian Jacobs e Christopher Roach é daqueles para pensar e reparar em todos os detalhes, pois um único item pode revelar algo crucial para a trama – o melhor é que são várias pistas espalhadas ao longo da produção.

Todos são suspeitos e inocentes ao mesmo tempo. E, enquanto tentamos descobrir as respostas, somos imersos nas dificuldades de Violet em atender às exigências a ela impostas, enquanto seu pretendente Henry procura entender as estranhas atitudes da mulher que acabou de conhecer.

Com outros títulos interessantes em sua filmografia, o diretor Christopher B. Landon merece uma menção especial por revitalizar um gênero tão conhecido e querido pelos fãs. Depois de assistir a “Drop: Ameaça Anônima”, acredito que muitas pessoas terão outra visão sobre produções do gênero suspense.

por Clóvis Furlanetto – Editor

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Universal Pictures.