Crítica: Doutor Estranho


Poster de Doutor Estranho

Com mais de 10 filmes em seu acervo, a Marvel coleciona grandes acertos e alguns deslizes no cinema. “Doutor Estranho” está longe de ser um erro que manche a sua reputação, mas também não é um acerto em cheio, como “Guardiões da Galáxia”, “Os Vingadores” e “Homem de Ferro”.

Com seus principais heróis consolidados no seu universo cinematográfico, a Casa das Ideias agora foca em personagens menos conhecidos para guiar essa nova fase na telona. Enquanto “Homem-Formiga” divertiu o público com seu senso de humor, o mago supremo procura apresentar um mundo mais mítico e sério.

De certa forma, isso funciona no longa dirigido por Scott Derrickson, principalmente por proporcionar um visual bonito e psicodélico, que serve como guia das ações dos personagens. Destaque para os confrontos entre o protagonista e o vilão Kaecilius (Mads Mikkelsen), cujas cenas formam uma viagem alucinante.

Na trama, o arrogante cirurgião Stephen Strange (Benedict Cumberbacht) sofre um acidente de carro e perde o movimento das mãos, seu principal instrumento de trabalho. Após tentar de tudo para se recuperar, ele vai para Kamar-Taj, um lugar misterioso em Katmandu para buscar paz e esperança.

Lá, Strange descobre mais sobre as forças ocultas que estão determinadas a destruir a humanidade. Com pouco treinamento e sem entender o seus poderes mágicos, o herói tem que escolher entre voltar para a sua vida normal ou proteger o mundo das ameaças que estão por vir, tornando-se o maior feiticeiro de todos.

Mesmo tendo uma proposta visual belíssima, infelizmente a trama do filme não traz nada de novo e, algumas vezes, chega a ser encoberta pelos efeitos especiais. Dessa vez, as piadas estão fora de contexto, o que as deixam sem graça e forçadas.

E isso é ruim, pois a sensação de déjà-vu é inevitável. Pode ser que alguém ache o roteiro de “Doutor Estranho” parecido com o de “Homem de Ferro”. E não é para menos, já que os dois personagens têm personalidades e trajetórias semelhantes.

Apesar de prazeroso e divertido, “Doutor Estranho” não está entre os melhores filmes da Marvel, afinal não supera seu antecessor “Capitão América: Guerra Civil” e muito menos “Homem-Formiga”. Vale lembrar que não é fácil conquistar o público com personagens menos populares e, mesmo com alguns tropeços, o estúdio cumpre essa missão com seu novo longa.

Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias