Crítica: “Depois daquela Montanha”
Chega aos cinemas a adaptação literária do livro de sucesso do autor Charles Martin “The Mountain between us” (A Montanha entre nós) que ganhou o título no Brasil de “Depois daquela Montanha” e tem como protagonistas de seu elenco, Idris Elba e Kate Winslet.
Bom vamos ao que interessa. O filme é bom? Com toda a certeza do mundo é ótimo, tem excelente direção, atuação, cenas externas maravilhosas dignas de um Oscar de fotografia e com uma sequência de montagem muito reveladora em todo filme.
Mas temos um problema com o roteiro, que não será ruim para quem não leu o livro. Não sei o motivo que os diretores (não todos) tendem a mudar drasticamente uma história adaptada da literatura. Claro que compreendo que são necessárias mudanças para que o livro funcione na tela, já vi casos em que o roteiro do filme ficou até melhor que o do livro. Só que neste caso as mudanças afetam a trama que é muito mais densa na obra literária.
Não serei o chato dos spoilers por isso não contarei o que mudou ou como acontece nesta versão cinematográfica, basta saber que muita coisa poderia ter sido melhor. Foi por este motivo que disse no começo deste texto que o longa é ótimo. Minha intenção é apenas alertar aos fãs leitores que suas expectativas quanto à adaptação ser fiel não serão totalmente atendidas e por isso podem ficar um pouco (ou muito) frustrados, mas para quem não leu a obra impressa a produção trará muito drama, amor e sentimento ao coração e alma.
A história tem como pano de fundo a queda de um avião que deixa duas pessoas presas no topo de uma montanha Ben (Elba) e Alex (Winslet). Os dois precisam superar a fome, frio, medo e emoções que haviam sido enterradas há muito tempo em sua vida. É um filme que fará suas emoções aflorarem e contribuirá para que a indústria de lenços de papel cresça cada vez mais.
Por Clóvis Furlanetto – Editor