Crítica: Confinado

Se você acha que já viu de tudo em suspense psicológico… Descubra agora por que “Confinado” (Locked) vai te deixar sem fôlego.

Dirigido por David Yarovesky, este é um filme para você ficar refletindo muito sobre as atitudes que tomamos no dia a dia. O roteiro de Michael Arlen Ross conta uma história muito tensa (e é baseado em fatos reais): Quando tentar roubar um carro, um jovem chamado Eddie (Bill Skarsgård) fica preso dentro dele. Porque, na verdade, é uma armadilha.

William, interpretado pelo excelente ator Anthony Hopkins, é o dono do luxuoso SVU e criou esse ardil para quem tentasse entrar nele sem autorização, fazendo com que a pessoa não pudesse sair.

Quase tudo acontece no interior do automóvel: até certo momento, você pensa que o longa vai se resumir a isso: Eddie tentando escapar, tentando quebrar as peças por dentro, e não conseguindo de jeito nenhum. Porém, quando o thriller / suspense começa a parecer até meio chato, o carro começa a andar. E várias coisas começam a acontecer dentro dele.

Lembra um pouco “Um Dia de Fúria”, com o Michael Douglas, no qual ele começa a querer fazer justiça com as próprias mãos. É mais ou menos essa mesma linha, com um personagem “meio psicopata”.

Quer dizer, Eddie estava errado de ter invadido o veículo para roubar, mas, em certo momento, tudo começa a ficar tão maniqueísta que você começa até a torcer pelo assaltante, para que ele consiga se livrar.

É muito tenso, mas serve para refletir sobre como a sociedade tem lidado com a ideia de justiça. Muitas coisas acabam sendo desviadas — parte de política, parte de segurança — e aí algumas pessoas passam a buscar pelo que acham ser o mais oportuno, mesmo que às vezes fora do padrão esperado pela sociedade. O que também não é correto.

“Confinado” propõe que se pense a respeito.

por Carlos Alberto Quintino – especial para CFNotícias

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Diamond Films.