Crítica: Cinderela


cinderela_02A magia do conto de fadas está de volta. Mesmo com uma história já conhecida  e com efeitos visuais aplicados moderadamente a Disney oferece ao público um filme simpático, doce, bem humorado e bonito.

O filme é uma história de amor, uma menina que teve uma péssima sorte, porém que sempre teve coragem e foi gentil, assim como sua mãe lhe ensinou e que dessa forma tenta ser feliz com o que tem, aceitando todas as injustiças do mundo e esperando que um dia algo mude. A trama quer mostrar ao público que se você for bom coisas boas irão acontecer, e essa é a mensagem de Cinderela, que todos conhecem desde pequeno e que o longa fez questão de não mudar para que o live action pudesse de fato homenagear a animação.

A simplicidade desse filme é o que o deixa atraente, um longa sem muita ação, romântico e que poderia ter tido muitos efeitos especiais mas não teve, é o que  recupera uma Disney que vinha sumindo com os anos, traz de volta aquela sensação de encantamento pra quem assisti, desde Frozen, Malévola e Big Hero, os estúdios tem ganhado destaque,  fugindo do convencional e Cinderela veio pra mostrar que a mágica Disney acontece também com a nostalgia.

As atuações são fantásticas, muito bem feitas, parece mesmo saído de um desenho, não é excêntrico como em outros live actions, é na medida certa, Cate Blanchett é uma madrasta de dar raiva e ao mesmo tempo divertida e Helena Bonham Carter  é uma madrinha sútil e linda, assim como se espera das fadas madrinhas,  a comparação de Helena em Alice nos país das maravilhas  e em Cinderela é inevitável  e torna a Rainha de copas da atriz ainda um pouco mais bizarra.

A única coisa ruim do filme, é um traço machista no personagem da Cinderela, que é o fato de ela ser submissa à espera de um príncipe que vá lhe salvar, nesse longa há uma tentativa de uma Cinderela um pouco mais rebelde, como em determinado diálogo com a madrasta, mas ainda assim a personagem é um pouco fraca, um regresso para uma Disney que trouxe Elsa, Anna e a nova Malévola.

Mas de toda forma é um filme delicioso, as crianças e os adultos vão gostar, talvez os adultos gostem até mais do que as crianças, as meninas ficaram encantadas com as roupas. Vale a pena conferir e refletir a mensagem dita várias vezes, até cansar: “ ter coragem e ser gentil”.

por Tatiane Teixeira – Especial para CFNotícias