Crítica: Blue Lock: O Filme – Episódio Nagi


Em “Blue Lock: O Filme – Episódio Nagi” (Gekijô-ban Blue Lock – Episode Nagi-) somos apresentados a Nagi Seishiro, um estudante do ensino Médio de uma escola particular com dificuldades em encontrar algo interessante além dos jogos no celular.

Até conhecer Reo Mikage, que sempre recebeu o melhor dos pais ricos e é o melhor em tudo o que faz, mas vê no futebol e em Nagi a oportunidade de ter um tesouro particular. Juntos, formam uma dupla de ataque imbatível e acabam sendo convidados para o projeto Blue Lock.

As datas de estreia do Mangá e do Anime são propositais, por serem sobre futebol, estão próximos às Copas do Mundo, que servem como parte do plot. “Blue Lock” é um projeto criado por Ego Jinpachi, que reuniu 300 atacantes num campo de treinamento para encontrar uma estrela capaz de marcar os gols necessários para mudar a história das participações japonesas no evento máximo do futebol (desde 2002 são eliminados nas oitavas de final).

Ao contrário dos animes de futebol populares no Brasil, como “Super Campeões” (Captain Tsubasa, 1983-1986) e “Inazuma Eleve”n (2008-2011) não há habilidades extraordinárias ou poderes especiais em campo. As armas de cada jogador são habilidades normais como dribles, velocidade, bons chutes, entre outras.

No Centro de Treinamento do Blue Lock essas habilidades são desenvolvidas e testadas, e esse é o ponto que a narrativa desse anime se destaca. O objetivo do projeto é encontrar O MELHOR atacante entre 300 e garantir uma única vaga na seleção japonesa, os eliminados nunca mais poderão jogar pelo time nacional e terão seu sonho de se tornar o melhor do mundo encerrado. Vivendo num ambiente que parece um “Round 6” do Futebol.

O filme amplia eventos da primeira temporada do anime “Blue Lock” que estreiou em 2022, adaptando o Mangá de 2018. Além de preparar os ânimos para a segunda temporada que estreia em outubro. A maior parte é dedicada à segunda seletiva e a formação do trio de atacantes do Time V (Nagi, Reo e Zantetsu).

O confronto com o Time Y (do protagonista Isachi Yoichi) repete cenas do anime, mas com um ponto de vista diferente. A partir desse momento, os fatos mostrados no anime são apressados, mas um conflito da Terceira seleção tem um peso diferente no longa. A animação continua sendo bem bonita e algumas partidas chegam a ser emocionantes. Mesmo cenas já vistas ficaram mais bonitas na tela grande.

“Blue Lock: O Filme – Episódio Nagi” serve como uma boa apresentação do anime para quem nunca assistiu. Quem já assistiu à primeira temporada, terá a oportunidade de rever momentos marcantes sob um ponto de vista diferente e se preparar para a segunda temporada. O filme, que foi sucesso de bilheteria no Japão, estreia exclusivamente em salas Cinemark.

por Thyago Evangelista – especial para CFNotícias

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Cinemark.