Crítica: Asteroid City


“Asteroid City” é o mais novo trabalho do famoso diretor Wes Anderson, criador de obras como a comédia dramática “O Hotel Budapeste” e a animação “O Fantástico Senhor Raposo”.

Sua nova obra conta com o mesmo ar teatral e de fábula de seus outros filmes, mas também faz uma mistura interessante na forma que apresenta a história para o espectador.

Na trama, acompanhamos  uma convenção de Observadores Cósmicos Jr./Cadetes Espaciais que se passa na fictícia cidade de Asteroid City, por volta do ano 1955. A convenção, organizada com o objetivo de juntar estudantes e pais de todo o país para uma competição escolar, com oferta de bolsas escolares, é espetacularmente perturbada por eventos que mudarão o mundo.

A arte é visualmente muito bonita, e conta com a já conhecida paleta de cores do diretor. O filme também conta com trechos em preto e branco, para diferenciar outra parte da narrativa. O cenário é teatral e imaginativo, com um ar vintage e infantil ao mesmo tempo. O longa tem um tom leve e cômico que ganha ainda mais brilho com o aparecimento de um personagem especial na metade da produção.

Wes Anderson (que também atua como roteirista junto a Roman Coppola) reuniu um elenco de grandes estrelas como Edwad Norton, Margot Robie, Scarlett Johansson e Tom Hanks, todos com uma atuação que combina com a história contada. Apesar de um mote simples, um grupo reunido em uma pequena cidade em volta de um acontecimento absurdamente inusitado, o roteiro tem uma grande complexidade ao tratar de temas pessoais de cada um dos personagens apresentados.

“Asteroid City” também conta com uma ótima trilha sonora, produzida por Alexandre Desplat, que encaixa perfeitamente com a trama.

Um filme não muito convencional, mas com todo um charme próprio e uma leveza que só Wes Anderson sabe criar.

por Isabella Mendes – especial para CFNotícias

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Universal Pictures.