Crítica: As Panteras


Elas estão de volta! Depois de dois filmes no início dos anos 2000, estrelados por Cameron Diaz, Lucy Liu e Drew Barrymore, “As Panteras” (Charlie’s Angels) voltam ao cinema com um olhar mais atual.

E a boa notícia é que a nova equipe formada por Kristen Stewart, Naomi Scott e Ella Balinska consegue cativar o público com cenas de ação divertidas, além de, é claro, beleza e carisma.

Isso mesmo, o trio de protagonistas é o ponto mais forte do longa, principalmente as personagens de Scott e Balinska. Enquanto a Jasmine de “Aladdin” chama atenção com o seu ar de autoridade em tecnologia moderna, sua colega não fica para trás na hora de partir para o mano a mano ou atirar nos inimigos.

E quanto à Kristen Stewart? Mantém o nível do time ao jogar charme para enganar um suspeito. O que quero dizer é o seguinte: por duas horas (duração do filme) a jovem atriz consegue fazer com que o espectador esqueça que ela é a Bella Swan, da franquia “Crespúculo”. Que bom!

Nesse caso, palmas para a direção de Elizabeth Banks, que também faz um bom trabalho atuando como Bosley, superior das Panteras. Sem dúvida, a loira se mostra segura no papel, principalmente nas cenas em que precisa expor a autoridade de uma comandante treinada e experiente no mundo da espionagem.

No entanto, no meio desses pontos positivos, é possível perceber alguns deslizes na trama. O principal deles é que a história é bastante previsível, a ponto de dar pistas claras para o espectador sobre o desfecho dos principais personagens.

A jornada das heroínas começa quando Elena (Scott) cria um dispositivo tecnológico poderoso e percebe que sua empresa quer usá-lo como uma arma poderosa. Sem chances de convencer o executivo da companhia, Alexander Brock (Sam Clafin), e correndo risco de vida, a jovem é resgatada por uma agência de espionagem, onde conhece Sabina (Stewart) e Jane (Balinska) e aprende a arte de ser uma Pantera.

A partir daí, as três passam a investigar com mais detalhes o quão poderosa é a tecnologia criada por Elena e quais ameaças que um aparelho desse porte deve causar ao mundo.

Se compararmos os três longas da franquia, sem dúvida esse é o que mais se destaca. É verdade que o trabalho de Cameron Diaz e companhia fazem um trabalho notável em “As Panteras” e “As Panteras Detonando”, mas são prejudicadas pelas acrobacias e lutas exageradas. Agora é diferente. A versão de 2019 tem melhores cenas de ação, melhores disfarces (nenhum constrangedor, pelo menos) e até melhores tiradas.

por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias