Crítica: “Artista do Desastre”


Inusitado, empolgante, estranho, maravilhoso, trágico, cômico e magistral são apenas alguns adjetivos que podem ou tentam definir a nova produção da Warner Bros. que chega aos cinemas nesta quinta-feira (25). Estou falando de “Artista do Desastre” (The Disaster Artist).

Mas o que torna este filme tão diferente dos demais? A resposta é simples: é história de um filme independente chamado “The Room” lançado em 2003 e considerado o pior filme do mundo. Como? Sim, é uma produção biográfica do diretor, produtor, ator, roteirista e o que mais puder ser atribuído a Tommy Wiseau, que ao tentar a sorte como ator em Los Angeles (sem muito, ou melhor, nenhum êxito) decide criar sua trama original e filmar por conta própria.

Em “Artista do Desastre”, o ator James Franco interpreta Tommy em sua busca pelo sucesso sempre acompanhado de seu inseparável amigo Greg Sestero (Dave Franco). Somos levados em uma espiral de loucuras e maravilhosas cenas que não têm noção nenhuma com a realidade.

“The Room”, que seria considerado um fracasso, surpreendeu e se tornou um ‘grande clássico’ do cinema. Há exibições pelo mundo todo com a participação especial do próprio Tommy Wiseau, o que torna a experiência mais emocionante e divertida. Ele conseguiu o que desejava: o reconhecimento por sua obra. O longa da Warner foi baseado na obra literária homônima de Greg Sestero que narra sua vida e trajetória com Tommy.

Caso seja possível veja “The Room” primeiro, para ter toda a referência ao ver esta estreia, mas não se preocupe se não conseguir, pois nos créditos finais, temos a oportunidade de acompanhar as cenas originais enquanto Tommy (James Franco) grava seu filme.

Em minha opinião, “Artista do Desastre” abriu minha mente para novos conceitos e aplaudi  de pé na sala de cinema reservada para à imprensa. Foi uma das experiências mais divertidas dos últimos tempos. Obrigado Tommy e Greg.

“I did not hit her. It’s not true! It’s bullshit, I did not hit her! I did not! Oh, Hi Mark!”. Não entendeu? Assista ao filme e você compreenderá perfeitamente.

por Clóvis Furlanetto – Editor do Desastre