Crítica: Argylle – O Superespião


Chega aos cinemas uma grande produção que promete aventura, mistério e ação em todos os momentos com as cenas inacreditáveis de “Argylle – O Superespião” (Argylle).

O filme (baseado na obra homônima, recém-lançada mundialmente) apresenta a história de Elly Conway (Bryce Dallas Howard), escritora de sucesso, mas que vive reclusa em sua casa com seu gato Alfie (Chip).

Em sua série de livros de espionagem – todos alcançando um enorme êxito entre os leitores – o principal personagem Argylle (Henry Cavill) é um espião cujas missões deveriam ser apenas ficção. Mas, de repente, suas aventuras começam a refletir as ações de uma entidade mundial de espionagem e Elly (Howard) começa a ser perseguida pelo mundo.

“Argylle – O Superespião”, não é uma produção comum de espionagem. O que vemos em tela é uma ótima mesclagem do mundo real e ficcional vivida por Elly, quando sua mente começa a misturar as trajetórias de Aiden Wilde (Sam Rockwell) – um agente secreto verdadeiro – com as lutas de Argylle – seu protagonista literário.

São tantas reviravoltas que o espectador não poderá desgrudar os olhos da tela, pois, caso contrário, acabará perdendo alguma informação importante sobre a trama e poderá ficar perdido mais para frente.

O diretor Matthew Vaughn soube orientar a narrativa e seu elenco de uma forma magistral, como um verdadeiro maestro que conduz sua orquestra pelas intricadas linhas musicais. E é assim, que “Argylle – O Superespião” deve ser visto: como uma sinfonia de ação e aventura, na qual as sequências podem parecer (e talvez sejam, de fato) exageradas, mas também são coerentes e cativantes.

Escrever sobre este filme é uma tarefa complicada, já que ao fazer qualquer indicação de uma cena, corre-se o risco de contar uma parte essencial e estragar a experiência imersiva do público.

Por este motivo, não farei comentários sobre o que acontece no filme e sugiro que espectador fuja de spoilers individuais ou soltos em textos/vídeos que explicitam tudo da obra, sem se preocupar em preservar a diversão.

O elenco conta com atores e atrizes de peso, maravilhosamente entrosados, e que criam uma linha de atuação que permite criar laços com seus personagens, a cada nova cena.

Temos em tela, além dos principais já citados: John Cena (Wyatt), Samuel L. Jackson (Alfie – o humano, não o gato), Catherine O’Hara (Ruth), Bryan Cranston (Ritter), Dua Lipa (Lagrange), Ariana Debose (Keira) e Sofia Boutella (Sabba Al-Badr).

As cenas de lutas e perseguições possuem uma coreografia mais elaborada e precisa que obras que se propõe ao tema da espionagem e assim, somos cativados pelas movimentações corporais apresentadas (mesmo que também abracem o exagero).

Quer se divertir e conferir grandes momentos de aventura? Então, “Argylle – O Superespião” é o seu filme. Mas, esteja preparado para fortes emoções e para não conseguir ficar parado na poltrona com as revelações – que serão muitas durante toda a projeção.

por Clóvis Furlanetto – Editor Espião

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Universal Pictures.