Crítica: Alerta Máximo


Filmes de ação no Brasil tendem a aparecer com maior frequência no início do ano, quando por aqui são as férias escolares e o Verão. Tais produções geralmente aparecem com uma fórmula já conhecida, com ação frenética e um roteiro mediano. Mas, talvez seja surpreendente como “Alerta Máximo” (Plane) consegue escapar um pouco disto.

Dirigido por Jean-François Richet, diretor francês conhecido pelo ótimo “Doce Veneno”, o longa narra a história de Brodie Torrance (Gerard Butler), um piloto chefe de um avião que está levando poucos passageiros num voo de ano novo.

Torrance, que deseja reencontrar sua filha após três anos durante o feriado, é surpreendido com a chegada de um detento chamado Louis Gaspare (Mike Colter) que está sendo transferido para outro país.

Pelo fato do voo ter poucas pessoas, o piloto aceita a transferência do prisioneiro. Para incrementar ainda mais a trama, a rota escolhida pela companhia aérea prevê a passagem da aeronave por uma forte tempestade.

Claro, o avião é atingido por um raio e começa a cair, cabendo a Torrance e seu co-piloto Dele (Yoson An) fazerem um pouso forçado numa ilhada separatista comandada por milícias.

Em menos de 20 minutos, “Alerta Máximo” apresenta sua proposta. Redonda, sem muitas expectativas, desenvolve um roteiro linear, bem criativo, com ação do início ao fim. Impressionante que, ainda com efeitos especiais fracos, o filme convence da possibilidade de um pouso forçado no meio da terra e a presença de milícias numa ilha desconhecida.

O protagonismo gerado pela dupla Gerard Butler e Mike Colter também é um ponto muito positivos na trama, mostrando veracidade na atuação dos dois, além de desenvolver muito bem a narrativa particular do personagem de Colter.

Além disso, a obra realmente entrega aquilo a que se propôs: um título de pura ação, com momentos de armas e tiros para todos os lados. E claro, a tensão no limite aguardando o próximo passo do protagonista. Até mesmo o final acontece de maneira muito grandiosa, não deixando pontas soltas ou gosto amargo de mal produzido.

“Alerta Máximo” é uma boa opção para curtir nos cinemas.

por Artur Francisco

*Texto originalmente publicado no site A Toupeira.