Crítica: A Última Noite


Chega aos cinemas “A Última Noite” (Silent Night), com um enredo de prender qualquer cinéfilo na poltrona até depois dos créditos finais, mesmo não tendo cenas adicionais.

Classificado como suspense, o filme tem elementos de terror psicológico e ainda possui uma pitada de drama com uma dose de comédia mórbida, pois a tensão que é atribuída aos personagens é tão forte que incomodará até mesmo o espectador mais resistente.

A história que nos é contada é sobre o fim do mundo. Sem guerras, sem invasões alienígenas e sem qualquer outro tipo de término deste tipo. Os culpados são os próprios seres humanos, que depois de gerações de degradação do planeta, veem a Terra colocar um fim no seu maior problema: as pessoas.

Com uma tempestade tóxica varrendo o planeta todo e matando todo e qualquer ser vivo, uma família resolve passar suas últimas horas em uma comemoração de Natal repleta de surpresas.

Quem recebe os convidados é o casal Nell (Keira Knightley) e Simon (Matthew Goode), que, juntamente com seus filhos, acaba discutindo a situação absurda de se comemorar algo frente à morte eminente. Para fugir do fim trágico e doloroso causado pela nuvem tóxica, pessoas da classe alta receberam de diversos governos, uma pílula para acabar com a própria vida de maneira rápida, no momento derradeiro.

Temos aí um dos pontos mais dolorosos e controversos, que é a discussão do suicídio permitido para evitar uma morte horrível. Assim como há a questão de vários arrependimentos e incômodas situações em que os personagens são colocados tentando não enfrentar a inevitabilidade de seus destinos.

São cenas fortes e que nos fazem refletir sobre o sentido da vida ou da morte. Mesmo com vários noticiários informando a chegada da destruição em massa, algumas das pessoas na casa ainda possuem dúvidas da veracidade dos fatos e não querem entregar os pontos.

Dirigido e roteirizado por Camille Griffin, “A Última Noite” é um filme para assistir e depois repensar se suas atitudes com o planeta não irão causar exatamente os mesmo fatos mostrados na trama. É um momento para refletir, pois quando a Terra decidir revidar, não poderemos fazer nada a respeito.

Vá ao cinema preparado para momentos tensos e surpreendentes.

por Clóvis Furlanetto – Editor

*Título assistido em Cabine de Imprensa Virtual promovida pela Paris Filmes.