Crítica: “A Série Divergente: Convergente”
Com mais de 21 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, a série Divergente de Veronica Roth, chegou aos cinemas em 2014, conseguindo manter o sucesso dos livros nas telonas, com Shailene Woodley e Theo James nos papéis principais.
Seguindo a “fórmula mágica” para ganhar mais dinheiro, o último livro foi dividido em dois filmes, assim como aconteceu com Harry Potter, Crepúsculo e Jogos Vorazes. Agora a saga começa a caminhar rumo ao seu grande final com a estreia de “Convergente” nos cinemas brasileiros, um dia antes de estrear nos Estados Unidos.
Nesta nova trama tão aguardada pelos fãs, a heroína Beatrice decide finalmente descobrir o que há atrás dos muros que separam a apocalíptica Chicago do resto do mundo, seguida por Quatro, seu irmão Caleb (Ansel Elgort), Tory (Maggie Q), a amiga Christina (Zoë Kravitz) e o indefinido e não muito confiável Peter (Miles Teller).
Apesar dos esforços de Evelyn (Naomi Watts) – mais nova líder ditatorial que acaba seguindo os passos da falecida Jeanine (Kate Winslet) – e seus capangas, o grupo consegue atravessar e se depara com uma terra tóxica, um deserto vermelho. Logo em seguida são resgatados por quem vive do “outro lado”, se deparam com as grandes revelações sobre as facções e a verdadeira história de Chicago.
A primeira parte do filme procura contextualizar o público sobre os acontecimentos anteriores de maneira bem rápida e sucinta, antes de seguir para o futuro. As conspirações que viriam a seguir acabam sendo muito previsíveis.
Os efeitos especiais, os cenários, os sons e a fotografia são bons, mas os diálogos são pobres, rasos, deixando a impressão de que falta alguma coisa, um aprofundamento na história. Quanto ao romance de Beatrice e Quatro, para um casal que diz se amar tanto, parece que falta química, paixão e até certo drama.
O longa dirigido por Robert Schwentke tem começo, meio e fim bem definidos, muito diferente das outras franquias cuja primeira parte do final termina bruscamente, aspecto que vai deixar os fãs um pouco menos ansiosos e mais satisfeitos.
Quanto ao público que não é fã da saga e que já não demonstrou interesse nos filmes anteriores, há grandes chances de também não gostarem desta continuação.
por Tabatha Moral Antonaglia – especial para a CFNotícias