Crítica: “A Garota no Trem”
“A Garota no Trem” (The Girl On The Train) foi baseado no livro de mesmo nome da autora Paula Hawkings e chega aos cinemas com a promessa de um suspense que poderá surpreender até aos mais céticos nesta linha de filmes.
A trama é narrada pela visão de Rachel (Emily Blunt) que passa o tempo de seu trajeto por trem ao trabalho imaginando como seriam as vidas das pessoas que moram às margens da ferrovia. Mas, um dia ela vê algo em uma das casas que poderá pôr fim a toda sua concepção fantasiosa e a envolver em um mistério no qual ela pode ser o pivô dos acontecimentos.
Em um primeiro momento há a sensação de que nada de novo acontecerá. Vemos Rachel indo de trem para o trabalho, voltando e indo novamente. Sempre fantasiando as vidas das pessoas, mas aos poucos surgem elementos da psiquê e da vida da personagem que nos levam a pensar que ela pode ter algum tipo de problema mais profundo – é quando ocorre um fato que nos arremessa em um turbilhão de emoções e sensações e todos os detalhes serão importantes para a solução do mistério.
Um suspense muito bem elaborado como fazia tempo que não via nos cinemas e com um final mais surpreendente ainda. Atuações bem conduzidas ( o elenco conta com nomes como Luke Evans, Rebecca Ferguson e Haley Bennett, além de uma pequena, mas significativa participação de Lisa Kudrow – a eterna Phoebe da série “Friends”) e a edição na medida certa sem deixar pontas soltas ou detalhes insignificantes para tirar nossa atenção.
Aproveite seu tempo livre e veja esta produção que irá mexer com sua inteligência e emoção. Você não ficará impassível.
por Clóvis Furlanetto – editor