Crítica: 12 anos de Escravidão


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A escravidão foi uma das práticas sociais mais terríveis da história da humanidade. Homens se tornavam “donos” de outros homens, mulheres e crianças, simplesmente porque eles tinham uma cor de pele diferente, escura, que os tornava – teoricamente – inferiores às pessoas de pele branca. E vários filmes já retrataram aspectos desse período como: Quilombo (1984),  Amistad (1997),  Lincoln (2012), entre outros.

Porém, “12 Anos de Escravidão” mostra o período sob uma ótica diferente. O violinista negro Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor) era um homem nascido livre, quando foi sequestrado em Nova Yorque, sua cidade natal, em 1841. por dois falsos “empresários” donos de circo. Ele foi drogado, transportado de navio e vendido como escravo no estado de Louisiana.

A história é toda baseada no livro de mesmo nome, escrito pelo verdadeiro Solomon em 1853, após sua liberdade. Esta adaptação para o cinema procurou mostrar tudo o que Northup passou durante os exatos 12 anos de escravidão, o trabalho forçado e exaustivo, o tratamento abusivo e ignorante dos senhores de terras; inclusive seus relacionamentos com escravas negras, a violência gratuita e o dia-adia angustiante.

Durante o cativeiro, Solomon descobriu que a única forma de sobreviver seria através da submissão total aos seus senhores, mas nunca sem perder a esperança, apesar de todos os maus tratos sofridos.

Solomon só conseguiu se libertar quando Avery Bass (Brad Pitt), um abolicionista canadense, resolveu lhe ajudar, enviando uma carta para amigos de Northup em Saratoga Springs, Nova York. Já a abolição total da escravatura só viria dez anos mais tarde, em 1863, após definição do presidente Abraham Lincoln.

Apesar do fim da escravidão, todos sabemos que os negros continuaram sofrendo com preconceitos absurdos, maus tratos e muita violência, como sofrem até hoje. Por todos estes fatos históricos “12 anos de escravidão” se torna um filme ainda mais importante e, principalmente, necessário, pois poderá abrir os olhos das pessoas que ainda são preconceituosas.

O longa que tem distribuição da Disney Filmes concorre ao Oscar em nove categorias. Recentemente ganhou o Globo de Ouro na categoria Melhor Drama. Já o livro que conta a história integral já está à venda no Brasil, pela Editora Seoman. O preço é R$ 19,90.

por Tabatha Moral Antonaglia – especial para CFNotícias