007: Morre Roger Moore, o terceiro James Bond do cinema
O dia 23 de maio de 2017 ficou mais triste. Infelizmente, morreu aos 89 anos, em decorrência de um câncer, Roger Moore, terceiro ator a viver o agente 007 no cinema. E, sem dúvida, ele fará muita falta para os Bondmaníacos, incluindo este que vos escreve.
Lembro com grande carinho de quando meu pai chegou em casa com a cópia (ainda em VHS) de “Com 007 Viva e Deixe Morrer”, estreia de Moore na pele do personagem criado por Ian Fleming. Tinha 10 anos, estava encantado com universo Bond por causa do lançamento de “ 007 Contra Goldeneye” e por isso queria conhecer mais o personagem e sua história.
A tal cópia, que meu pai pegou em uma famosa locadora de vídeos, era legendada e naquela época (final da década de 1990) ainda não tinha DVD e Blu-ray para escolhermos o áudio, ou seja, tive que aprender na raça a ler aquelas letrinhas amarelas que apareciam na tela, já que esse foi um dos primeiros filmes que vi nesse formato. Tudo para entender a trama e o que os personagens falavam.
E não é que foi fácil? Graças ao talento do ator inglês. Com um humor áspero e preciso, juntamente com um timing perfeito de charme e bravura, Moore foi claro, direto e elegante a cada diálogo não só em “Live And Let Die” (nome original do longa), mas em todos os seus filmes com o tradicional smoking e a famosa pistola Walther PPK. E mais: até hoje, ninguém disse a famosa frase “ My name is Bond… James Bond” (meu nome é Bond… James Bond) com tanta classe que nem ele.
Aliás, classe, elegância e carisma foram as marcas do James Bond de Roger Moore. Como não ri com suas tiradas em todas as conversas com “Q” (Desmond Llewelyn)? Como não ficar tenso durante o duelo com o grandalhão Jaws em pleno bondinho do Pão de Açucar, em “007 Contra o Foguete da Morte”? E como não respeitar sua autoridade como agente ao vê-lo tacar, de um helicóptero, o chefão da Spectre em uma chaminé, no longa “007 Somente Para os Seus Olhos”?
É por estrelar esses e tantos outros momentos marcantes da trajetória do espião é que Roger Moore deve sempre ser lembrado com admiração pelos fãs de 007. Afinal de contas, ele é o prediletos de muitos Bondmaníacos. E não é para menos. Como diz a canção de Carly Simon, trilha sonora de “007 O Espião Que Me Amava”, “Nobody Does It Better” (ninguém consegue fazê-lo melhor).
Por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias