A música “Fortuna Imperatrix Mundi”, parte da famosa cantata Carmina Burana de Carl Orff, tornou-se um dos temas mais conhecidos e impactantes da história da música clássica. Desde a sua composição, em 1936, a peça tem sido um marco na música erudita, mas também encontrou um lugar de destaque nas telas do cinema e no universo publicitário, devido ao seu poder de gerar emoção, tensão e grandiosidade.
Sua utilização foi amplamente explorada em diversas produções, tornando-se quase sinônimo de momentos épicos e dramáticos. “Fortuna” ganhou notoriedade ao ser incorporada a cenas de filmes, trazendo uma atmosfera de intensidade e urgência. Um dos maiores marcos foi sua utilização no filme “Excalibur” (1981), dirigido por John Boorman. O tema de Orff foi utilizado com maestria para amplificar a emoção das cenas de batalha e a luta entre o bem e o mal.
A música também apareceu em “O Grande Lebowski” (1998), um clássico cult dos irmãos Coen, onde a peça de Orff foi usada em um contexto surpreendentemente cômico, mas que amplificava o caráter excêntrico das situações que os personagens enfrentam. A utilização da música em diferentes contextos prova sua versatilidade em evocar sensações poderosas e variadas.
Outro exemplo notável ocorreu em “A Queda – As Últimas Horas de Hitler” (2004), de Oliver Hirschbiegel, onde “Fortuna” ajudou a construir a tensão dramática ao ilustrar os últimos momentos de Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. A força da música tornou-a sinônimo de momentos de inevitabilidade e cataclismo, associando-se fortemente ao tema da decadência e do destino.
Nos anos seguintes, “Fortuna” foi uma escolha recorrente em trilhas sonoras de trailers. Por sua capacidade de gerar um senso de urgência, tornou-se quase um clichê da indústria cinematográfica, sendo utilizada em produções como “The Hunger Games” (2012) e “Watchmen” (2009), entre outras. A associação da peça com cenas de ação, tensão e transição dramática fez com que a música se tornasse uma assinatura sonora para filmes de grande porte e temas épicos.
Na publicidade, impacto instantâneo
A força de “Fortuna” também foi rapidamente reconhecida no universo da publicidade. A música de Carl Orff tem sido uma escolha recorrente para campanhas publicitárias de marcas que desejam transmitir uma sensação de poder, sofisticação e grandiosidade.
Entre os exemplos mais marcantes, destaca-se uma feita pela Coca-Cola, lançada no início dos anos 2000, e que utilizou essa música para ajudar a criar uma sensação de celebração. Com o passar dos anos, marcas de luxo e automóveis, como Audi e BMW, também adotaram “Fortuna” em suas campanhas, associando o poder e a elegância de seus produtos à imensidão do tema orffiano.
Além disso, a música foi usada em várias campanhas relacionadas à tecnologia, onde sua intensidade conferia um tom futurista e imponente, como nos anúncios da Intel e da Apple. A conexão entre inovação e a força de “Fortuna” solidificou seu status como uma ferramenta sonora de grande impacto, capaz de criar memórias duradouras no público.
Ao vivo, no Teatro Bradesco
A UNIOPERA volta ao palco do Teatro Bradesco com a célebre cantata profana de Carl Orff, Carmina Burana. A composição será apresentada integralmente, na versão original para orquestra sinfônica, grande coro e solistas, e será executada pela Orquestra Acadêmica de São Paulo e pelo Coral da Cidade de São Paulo, sob regência de Luciano Camargo.
As apresentações contarão com os talentos das sopranos Isabella Luchi e Débora Neves; dos barítonos Rodolfo Giugliani e Sebastião Teixeira; do tenor Rafael Ribeiro e da mezzo-soprano Gabriela Bueno. O coro piccolo será formado por Fernanda Ribeiro, Alessandra Carvalho e Larissa Guimarães.
Serviço:
Carmina Burana, de Carl Orff
Abertura: Édipo Rei – Ópera em quatro atos (Ato II), de Luciano Camargo
19, 20, 26 e 27 de abril, às 16h; 22, 23, 24 e 25 de abril, às 20h
Teatro Bradesco São Paulo
Shopping Bourbon – R. Palestra Itália, 500 – Perdizes – São Paulo – SP
Classificação indicativa etária: Livre
Orquestra Acadêmica de São Paulo e Coral da Cidade de São Paulo
Regência: Luciano Camargo
Solistas:
Isabella Luchi (soprano) dias 19, 23, 25 e 27
Débora Neves (soprano) dias 20, 22, 24 e 26
Rodolfo Giugliani (barítono) dias 19, 22, 23, 24, 25 e 27
Sebastião Teixeira (barítono) dias 20 e 26
Rafael Ribeiro (tenor)
Gabriela Bueno (mezzo-soprano)
Coro piccolo: Fernanda Ribeiro, Alessandra Carvalho e Larissa Guimarães
Realização: Associação Coral da Cidade de São Paulo / UNIOPERA
da Redação CFNotícias