Crítica: Força Bruta: Sem Saída


Misturando na medida certa cenas de ação impactantes e piadas corporais simples, porém hilárias, o terceiro título da franquia “Força Bruta” (segundo com lançamento oficial no ocidente) consegue ser melhor em todos os quesitos que seus antecessores. E ainda se consagrar como um sucessor espiritual do gênero de ação com “brucutus” que assolaram o mercado hollywoodiano nos anos 1980.

Escrita por Kim Min-Sung, a trama de “Força Bruta: Sem Saída” (Beomjoidosi 3 / The Roundup: No Way Out) se passa sete anos após os eventos do filme anterior. Dessa vez, o detetive Ma Suk Do (Ma Dong-seok) investiga um misterioso assassinato de um policial que averiguava uma rede de trágico de drogas.

Aparentemente, o esquema envolve organizações criminosas de todo o leste asiático, contudo, conforme as investigações avançam, chega à Coreia do Sul o membro da Yakuza conhecido como Rick (Munetaka Aoki), e sua presença vai tornar a situação ainda mais caótica do que já estava.

O ator Ma Dong-seok começou a ganhar destaque no ocidente, em especial por sua atuação na obra coreana “Invasão Zumbi”, e na produção da Marvel Studios, “Os Eternos”. Isso por conta de seu porte e seu carisma em tela, que rendem a ele uma atuação com muita presença em cenas de ação, como também um ar cômico em situações que pedem uma postura mais bem humorada.

O longa anterior da franquia se mostrou bem competente em equilibrar a ação e o humor, porém o ritmo era inconstante. Já “Força Bruta: Sem Saída” consegue arrumar todos os defeitos de seu antecessor, com cenas de ação muito mais frenéticas e bem dirigidas por Lee Sang-yong.

É possível sentir o peso de cada um dos golpes desferidos por Ma Dong-seok em seus oponentes em tela. O humor também evoluiu para momentos focados na fisicalidade, o que combinou muito mais com o tom da proposta do que os diálogos carregados de sarcasmo de antes.

Assim como a maioria dos filmes de ação, este não busca ser algo que vai mudar a história do cinema. Ele se propõe a ser divertido e empolgante e isso cumpre muito bem.

Tal fato se dá, principalmente, graças à desenvoltura de Ma Dong-seok, que, cada vez, mais conquista horizontes distantes da Ásia e cimenta sua carreira como um dos grandes nomes do cinema de ação moderno.

por Marcel Melinsk – especial para CFNotícias

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Sato Company.