Um resumo do que foi a 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo


A Bienal do Livro 2024 chegou ao seu final com um saldo mais que positivo, pois, a expectativa de público era de seiscentas mil pessoas e, segundo a última divulgação do próprio evento, houve setecentas e vinte e duas mil entradas no total.

Inclusive, os dois finais de semana da Bienal tiveram suas ofertas de ingressos esgotadas, o que fez a alegria dos expositores e editoras presentes, que puderam aumentar sua visibilidade, realizar boas vendas e conquistar novos leitores.

A Bienal 2024 conseguiu resolver os problemas de sua edição anterior que foi realizada no Expo Center Norte em 2022 (em uma área de 65 mil metros quadrados), ao retornar ao Distrito Anhembi que, com 75 mil metros quadrados, permitiu uma melhor movimentação do público.

Outro ponto evidenciado na 26ª Bienal foi com o transporte gratuito que não conseguiu atender de forma adequada a demanda do público. Agora, em sua 27ª edição, chegar ao evento foi tranquilo, com uma quantidade mais do que suficiente de ônibus disponibilizados.

Além, de pessoas preparadas e capacitadas para orientar o público na estação Portuguesa/Tietê do metrô (que foi o ponto de partida) e na própria área externa da Bienal para a chegada e retorno dos visitantes.

Com o deslocamento facilitado e a movimentação mais tranquila pelos espaços internos, o público pôde verificar e decidir quais livros seriam adquiridos e levados para suas bibliotecas particulares.

Na maior parte dos dias, os corredores estavam transitáveis, mas os estandes abarrotados de ávidos leitores em busca de suas obras preferidas, isso não é um ponto negativo, pelo contrário, reflete uma crescente necessidade das pessoas pelo livro físico como forma de entretenimento e educação.

Para quem pensa que a Bienal é apenas um aglomerado de estandes de editoras e empresas para a venda e promoção de livros, a verdade é que o evento é muito mais, pois agrega áreas dedicadas a palestras, debates e atividades diversificadas.

Um exemplo são os estandes construídos para a imersão do público em suas obras preferidas, como o da VR Editora, que simulava uma sala de aula, na qual o público pôde registrar seus momentos como estudantes da obra “Diário de um Banana” e ter uma lembrança junto ao protagonista Greg Heffley.

Além de outros locais onde a magia estava presente, como no caso da Eeditora Rocco que trouxe o jovem bruxo de Hogwarts para ensinar os mistérios da colunaria mágica em um estande cheio de feitiços. E da Editora Planeta, onde um poderoso dragão guardava a entrada de um castelo medieval.

Senti falta apenas de mais cosplayers, ou seja, pessoas que se caracterizam de seus personagens literários preferidos. Mas, quem sabe na próxima edição, o público possa ser incentivado a participar mais deste movimento sensacional.

Autores conhecidos e desconhecidos estavam presentes e, em cada estande, uma fila se formava para conseguir o tão esperado autógrafo. Um desses espaços era o da editora Vélos, que inovou ao construir um local exclusivo para a divulgação de seu livro “Café com Deus Pai” do autor Junior Rostirola. Na área, além da distribuição de um cafezinho, o público podia adquirir a obra e ainda conseguir uma dedicatória exclusiva.

Sobre a possibilidade de conhecer os autores, a Bienal ofereceu uma organização impecável, uma vez que, ao invés de submeter o público a ficar em filas enormes sem ter certeza de conseguir um autógrafo, os visitantes deveriam obter uma senha para não perder tempo.

Parabéns à organização, sua assessoria de imprensa e parceiros que permitiram que nós, profissionais da imprensa, tivéssemos acesso a todos os locais do evento, a fim de realizar uma cobertura completa para nosso público.

Agora é aguentar a ansiedade pela próxima edição da Bienal do Livro em 2026 na cidade de São Paulo.

Crédito das fotos: Clóvis Furlanetto. Confira outras imagens em nossos stories destacados.

por Clóvis Furlanetto – Editor/ Leitor