Crítica: meu Casulo de Drywall

“Meu Casulo de Drywall”, dirigido e roteirizado por Caroline Okoshi Fioratti, é uma obra que chega ao circuito brasileiro com um elenco que traz nomes como Maria Luisa Mendonça, Bella Piero, Michel Joelsas, Mariana Oliveira, Caco Ciocler e Débora Duboc. Este filme aborda uma imersão profunda nos eventos de uma festa de aniversário que rapidamente se transforma em um campo de batalha emocional e social.

A narrativa gira em torno do aniversário de Virgínia (Bella Piero), uma jovem de 17 anos, e os acontecimentos após a celebração com uma grande festa em um condomínio luxuoso, que culminou em um evento traumático. As próximas 24 horas se desdobram como um intrincado quebra-cabeça, revelando camadas de complexidade tanto nos acontecimentos quanto nas relações entre os personagens.

Caroline Fioratti, uma cineasta emergente que tem construído uma trajetória promissora, traz para este filme um olhar atento sobre a realidade social. A simplicidade aparente da trama esconde um roteiro habilmente construído, repleto de camadas emocionais e sociais.

A montagem e a edição são sutis, mas eficazes, entrelaçando-se com a narrativa de forma a manter o espectador envolvido e até mesmo questionando a moralidade de certos personagens.

O elenco, apesar de algumas performances que podem parecer amadoras em certos momentos, entrega uma representação convincente dos temas tratados. Maria Luisa Mendonça, no papel de Patrícia, e Caco Ciocler, como o Juiz Roberto, aportam a experiência de suas carreiras, oferecendo interpretações sólidas. Mariana Oliveira (Luana) e Michel Joelsas (Nicollas) também se destacam com desempenhos que adicionam profundidade ao drama.

O filme não se esquiva de temas sensíveis como suicídio, violência doméstica, depressão, homofobia e racismo. Sua abordagem destes tópicos é tanto um ponto forte quanto uma fonte de controvérsia, prometendo gerar discussões intensas sobre.

“Meu Casulo de Drywall” é uma obra que, através de sua narrativa e personagens, desafia o espectador a refletir sobre a complexidade das questões sociais e emocionais, fazendo dela uma adição relevante ao cinema brasileiro contemporâneo. É um longa que merece ser visto com atenção e discutido, dada a sua abordagem audaciosa e provocativa dos temas apresentados.

por Artur Francisco – especial para CFNotícias

*Titulo assistido em Cabine de Imprensa Virtual promovida pela Gullane+.