Fomos ao Teatro Liberdade assistir ao musical “Querido Evan Hansen”

O aclamado musical da Brodway “Querido Evan Hansen”, segue em cartaz no Teatro Liberdade, em São Paulo, até o dia 22 de setembro. É sua chance de ver esta excelente montagem na versão brasileira.

A trama trabalha com temas atuais como depressão, ansiedade, aceitação e bullying, tem como protagonista, o inseguro Evan Hansen (Gab Lara).  O jovem não consegue se encaixar, seja na escola ou casa, onde vive em conflito com sua mãe Heidi (Vannessa Gerbelli), que trabalha e estuda para dar uma vida melhor ao filho, mas está ausente de sua vida.

Mas, com o inesperado suicídio de Connor Murphy (Hugo Bonemer), um problemático e impopular aluno de seu colégio, Evan tem uma reviravolta na vida. Uma pequena mentira sobre sua amizade com Connor o coloca no centro das atenções de seus colegas, sua mãe e a família Murphy, mas a história toma uma proporção cada vez maior, o que faz com que Evan enfrente problemas com a culpa e a possibilidade de perder toda popularidade que conquistou.

Além dos nomes já citados, o espetáculo conta com outros nomes formando um elenco bastante entrosado em cena: Mouhamed Harfouch como Larry Murphy, Flavia Santana como Cynthia Murphy, , Thati Lopes como Zoe Murphy, Tati Christine como Alana Beck e Gui Figueiredo como Jared Kleinman.

A produção é uma viagem pelas emoções conflitantes de todos os personagens atraídos e cativados pela mentira sustentada por Evan, mas que consegue reunir e superar os problemas existentes, criando uma união que antes não seria possível.

“Querido Evan Hansen” estreou na Brodway em 2016, ganhou uma versão para o cinema em 2021 e conquistou vários prêmios e o mundo com sua simplicidade em tratar assuntos tão delicados e controversos da saúde mental em nossa atualidade, o que atraiu e atrai um grande público em suas apresentações.

Não há como deixar de se emocionar ou criar uma ligação com algum dos personagens da peça, uma vez que cada história retratada pode ter alguma semelhança com experiências passadas pelos espectadores em algum momento da vida.

O diretor Tadeu Aguiar – que também assina a tradução brasileira da obra magistralmente – cria no palco uma transição mágica de cena com um cenário (criado por Natália Lana), que permite um jogo de luzes diretas (através do trabalho de design de luz Dani Sanches), para indicar a mudança de humor, cenas, emoções e sentimentos que interagem com o público em um nível imersivo em sua imaginação.

Sem deixar de falar na direção de coreografia de Suely Guerra, que apresenta uma sincronia perfeita entre os personagens e suas diversas passagens em cena. Além de um som claro e limpo, tanto em falas como em músicas, que foram possíveis graças ao design de som Gabriel D´Angelo.

É um verdadeiro espetáculo visual e emocional que levará o público a um estado reflexivo interior sobre sua vida e como estamos tratando as pessoas que buscam ajuda todos os dias para enfrentar seus demônios e medos internos.

Não perca essa chance de conhecer um musical que poderá mudar o seu modo de ver a vida.

Crédito das imagens: Reprodução.

por Clóvis Furlanetto – Editor