Chega aos cinemas, em grande estilo, um dos filmes mais aguardados para este ano: “Deadpool &e Wolverine” (Deadpool & Wolverine) entra em cena com espadas e garras a postos. E cumpre com o prometido, que é levar o público a outro nível de entretenimento.
Temos o retorno do anti-herói tagarela interpretado por Ryan Reynolds, após seis anos do lançamento de sua aventura anterior, “Deadpool 2” (2018) – onde pintou e bordou (só para referenciar que foi violência pura) nas telas dos cinemas, levando os fãs ao delírio.
Agora, este personagem que não tem papas na língua e utiliza todos os jargões possíveis traz um amigo (pelo menos ele acredita nisso) para ajudar em sua cruzada contra as forças do mal. Wolverine (Hugh Jackman) é arrastado por uma série de ambientes perigosos, mas nada de que não possa dar conta.
Para situar você na história: temos um Deadpool sem propósito e desiludido com a sua participação no mundo dos super-heróis. O que o leva a assumir um papel comum na sociedade como vendedor de carros usados. Mas, tudo muda quando é levado pelos soldados da AVT (Autoridade de Variância Temporal) – organização apresentada na série “Loki” – e descobre que seu futuro pode ser melhor.
O que não sabia era que seu universo está para ser destruído e precisa conseguir ajuda da única pessoa que o odeia mais do que tudo, ou seja, Wolverine (Hugh Jackman), que não fica nada feliz em encontrar o infame Mercenário.
Esta foi uma introdução rápida e sem muitos detalhes da trama escrita por Ryan Reynolds, Rhett Reese, Paul Wernick, Zeb Wells e Shawn Levy (que também assume a cadeira de diretor), porque qualquer outro comentário poderia estragar as surpresas que diversas e maravilhosas cenas existentes no filme oferecem ao público.
Deixo um aviso: cuidado com aquelas pessoas que dizem fazer crítica de cinema e contam o enredo todo, pois isso terá uma grande probabilidade de afetar sua experiência com esta obra cinematográfica.
Desde o seu início frenético, “Deadpool & Wolverine” resgata os bons e títulos de ação e aventura com a temática de histórias em quadrinhos. Seus enquadramentos são verdadeiras obras da direção de fotografia, ou seja, ao congelar uma cena você terá uma visão sensacional dos personagens, como se estivesse com sua revista preferida em mãos.
Outro destaque fica por conta do roteiro bem estruturado e com referências a outras obras do cinema e da cultura popular, o que podemos perceber pela trilha sonora que inclui faixas icônicas como “The Power of Love”, de Huey Lewis, e “Like a Player”, de Madonna.
As cenas de luta são perfeitamente coreografadas e de tirar o fôlego, especialmente as que envolvem confrontos entre Deadpool e Logan. Posso afirmar que são muitas, pois o carcaju não leva desaforo para casa, enquanto Wade não cala a boca e fica infernizando todo mundo especialmente o nosso X-Men favorito.
Ainda falando sobre o roteiro: as referências feitas a outros filmes ou séries da Marvel são pontuais e atendem tanto aos fãs mais fiéis, quanto às pessoas que não acompanharam todos os lançamentos, o que significa que ninguém ficará perdido nas citações.
Vou definir “Deadpool & Wolverine” em três palavras: ação, aventura e emoção. Estas são as representações mais próximas que consegui pensar para um filme que trouxe de volta os tempos de ouro, quando uma boa obra cinematográfica neste estilo era puro entretenimento.
Não parece exagero dizer que será preciso assistir ao longa mais de uma vez, para absorver todos os elementos apresentados em cena. É uma montanha-russa de informações visuais / textuais, impossível acompanhar tudo de primeira (ainda mais quando as risadas são tão frequentes entre uma sequência e outra).
Destaque para a nova estrela do cinema que rouba todas as cenas em que aparece: a sensacional Peggy (que dá vida à Mary Puppins / Dogpool), com seu jeitinho canino único e inesquecível. Preste bem atenção, pois há uma cena divertidíssima, durante a qual ela será muito importante na proteção de Wolverine. Esse é um dos (muitos) momentos perfeitos do filme.
Há a participação de várias variantes do Wolverine em multiversos e também outros heróis e vilões do universo Marvel, que trarão uma grande sensação de nostalgia e saudade aos fãs. Confesso ter ficado emocionado.
E não saia antes dos créditos terminarem, afinal, há algumas surpresas que você não pode perder.
Mentalmente, afie suas garras e pegue suas katanas. Verdadeiramente, corra para o cinema mais próximo e divirta-se!
por Clóvis Furlanetto – Deadtor Mutante
Título assistido em cabine de Imprensa promovida pela Walt Disney Studios Br.