Crítica: Noite Infeliz


Chega aos cinemas o filme natalino “Noite Infeliz” (Violent Night) que trará muita neve, canções para encher os corações de alegria, além de muita pancadaria, sangue, tiros e ação do início ao fim.

Não estou misturando gêneros, mas sim relatando uma pequena descrição de uma produção, que em minha opinião, representa o encerramento do ano nos cinemas com chave de ouro.

No filme, o Bom Velhinho está de saco cheio (não de presentes) dos adultos e crianças que só pensam em si mesmos e no consumismo desenfreado. Ele chega a cogitar desistir de tudo e este ser seu último Natal.

Mas ao chegar à mansão de uma rica família, descobre que todos foram feitos reféns por um maníaco homicida interpretado por John Leguizamo. Agora Papai Noel (David Harbour) terá que utilizar seus talentos natalinos para impedir que os invasores cometa atrocidades com a família da pequena Trudy (Leah Brady). E os mercenários irão descobrir o outro lado (muito interessante e inovador) de um dos maiores símbolos da época natalina.

São cenas excelentes – e não nojentas com sangue e corpos se acumulando sem sentido. Temos um herói inusitado (Noel) e seu martelo (isso mesmo!) que, contra todas as chances, enfrenta os vilões que estão na sua lista de crianças más.

As sequências de violência não mostram o exagero que normalmente encontramos em produções similares: há uma harmonia que nos remete  ao bom e velho estilo do gênero ação de filmes como “Rambo” e “Duro de Matar” dos saudosos anos 1980 e 1990, com uma pitada do clássico “Esqueceram de Mim”, mas não é uma cópia, apenas temos os elementos que transformaram os títulos citados em clássicos mundiais.

É uma ótima opção para toda a família – lembrando que a classificação nos cinemas é a partir de 16 anos, por este motivo é aconselhável deixar os menores brincando no parquinho do shopping, enquanto os maiores aproveitam toda a ação, aventura e sagacidade violenta do Noel.

Estou muito feliz que o Espírito do Natal tenha tocado o coração e alma do diretor Tommy Wirkola que dirigiu este clássico natalino, e dos roteiristas Pat Casey e Josh Miller que desenvolveram um texto totalmente original e maravilhoso.

Há tantos momentos engraçados e com cenas bem estruturadas e coreografadas que não posso cometer o crime de contar nenhum detalhe, pois estragaria a graça da produção.

Então, vá ao cinema de coração aberto e aproveite toda a magia do Natal, mas não esqueça que este Bom Velhinho de santo não tem nada.

por Clóvis Furlanetto – Editor

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Universal Pictures.