Crítica: Halloween Ends
Chega aos cinemas o final épico da longeva saga de quatro décadas de Michael Myers e Laurie Strode. “Halloween Ends” conta com mortes e sustos ao estilo dos grandes clássicos do terror que transformaram a franquia “Halloween” no grande sucesso mundial que é até hoje.
Em “Halloween Kills: O Terror Continua” (2021) o aterrorizante Michael Myers / The Shape (James Jude Courtney / Nick Castle) mostrou a todos que realmente é uma personificação do mal mais puro que existe, sobrevivendo a todas as agressões e mutilações que a cidade de Haddonfield infringiu em seu corpo, e ainda matou uma boa parte das pessoas.
Agora na parte final da nova trilogia, temos o encerramento da mais longa perseguição entre uma entidade maléfica e sua primeira vítima que sobreviveu. Laurie Strode (Jamie Lee Curtis), a garota que escapou da morte em “Halloween: A Noite do Terror” (1978), agora deve encarar o (não tão inesperado) retorno de Michael Myers, que assombra sua vida e a população da cidade há 44 anos.
Nesta nova e – até o momento dada como última – parte da franquia criada por John Carpenter e Debra Hill, o público acompanhará uma trama bem elaborada para inserir novamente o “bicho-papão” ao cotidiano de Haddonfield.
Além disso, o roteiro de Paul Brad Logan, Chris Bernier, Danny McBride e David Gordon Green (este, também assumindo o posto de diretor) traz ações paralelas de outros personagens (inéditos ou não) que darão o tom e o ritmo de como a história central será desenvolvida.
Cada cena é carregada com um tipo diferente de sentimento que vão do ódio puro ao medo desenfreado (com direito, é claro, à dose sempre esperada de slasher, típica da saga). A interação entre personagens antigos e novos será um ponto essencial para a compreensão deste retorno glorioso que marcará um dos melhores embates entre Myears e Laurie (embora este demore um pouco para acontecer, de fato).
Mesmo que você não tenha visto nenhum dos outros capítulos anteriores não ficará completamente perdido na trama, pois há diversas citações e flashbacks para posicionar o público nos contextos históricos dos eventos anteriores.
Porém, é claro que aqueles que já conhecem a proposta da franquia acabarão tendo uma experiência muito mais rica, já que há várias homenagens a momentos icônicos, seja através de elementos visuais ou textuais que serão facilmente reconhecidos (e celebrados) pelos fãs.
De toda forma, fica a recomendação de assistir a pelo menos ao longa que deu início a tudo, “Halloween: A Noite do Terror”, que se tornou um dos títulos mais aclamados de todos os tempos do gênero terror.
Também fica a dica de fugir, o máximo possível, de qualquer tipo de notícia que conte o final ou qualquer outra cena do filme, pois “Halloween Ends” precisa ser visto sem que se tenha qualquer noção do que irá ocorrer (ainda que saibamos quais rumos a narrativa possa tomar).
Entre “doces ou travessuras”, a melhor pedida é correr para o cinema.
por Clóvis Furlanetto
*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Universal Pictures.