Crítica: Orfã 2: A Origem


Estreia da semana da Diamond Films nos cinemas brasileiros, “Orfã 2 – A Origem” (Orphan: First Kill) é o prequel do famoso título de terror psicológico “A Orfã”, de 2009.

A produção traz de volta a personagem Esther (novamente interpretada por Isabelle Fuhrman, treze anos depois), explicando suas origens e fazendo inteligentes ligações com o que viria a acontecer no futuro, mostrado em seu antecessor.

O longa – que também conta com Rossif Sutherland e Julia Stiles em seu elenco principal – acerta em conduzir a história de uma forma inusitada, que não se limita a recriar o modelo do primeiro filme, criando uma grata surpresa àqueles que esperavam mais do mesmo.

O roteiro propõe, logo na primeira parte, uma quebra de expectativa que funciona bem como fio condutor ao longo do filme. A atuação da Isabelle Fuhrman é boa, mas, apesar disso e dos esforços da direção e montagem, é um tanto difícil acreditar que a personagem convenceria como uma criança, ao menos no início do que é mostrado em tela.

Dirigido por William Brent Bell e roteirizado por David Coggeshall e Alex Mace, “Orfã 2: A Origem” comete certos exageros em seu roteiro, mas nada que comprometa a obra como um todo. O filme também acerta em não se levar tão a sério, e ter uma proposta um pouco mais leve do que a do anterior.

O longa pode ser assistido independentemente do primeiro, mas a experiência certamente é mais completa e interessante para quem já conhece a trajetória da protagonista, incluindo o diagnóstico de hipopituitarismo (doença hormonal que afeta seu crescimento), que é tão importante para a trama fazer algum sentido.

Não é uma grande obra do cinema do terror, e nem se propõe a isso, mas, apesar de algumas falhas,  consegue entregar uma diversão interessante, com uma boa dose de suspense e boas surpresas ao público que gosta do gênero.

por Isabella Mendes – especial para CFNotícias

*Título assistido em cabine de Imprensa promovida pela Diamond Films.