Crítica: O Lendário Cão Guerreiro


A primeira coisa que você pensa quando vai assistir ao novo filme “O Lendário Cão Guerreiro” (Paws of Fury: The Legend of Hank) dos estúdios Nickelodeon é: será que vou assistir a uma reprise de “Kung Fu Panda”?

Mesmo que seja uma história relacionada a artes marciais orientais representado por animais, o filme consegue trazer uma pegada diferente e ainda ser uma produção que chega e cumpre seu papel.

“O Lendário Cão Guerreiro” é dirigido por Rob Minkoff, Mark Koetsier e Chris Bailey, sendo o primeiro o diretor de “O Rei Leão” (já dá para notar que entendem bem de felinos) e traz uma pegada muito mais infantil, porém ainda bem humorada, do famoso conflito entre cães e gatos, num contexto Shogun de samurais e espadas, lutas e tradição oriental.

A história tem como protagonista Hank (voz de Michael Cera / Paulo Vieira), um cão que viaja para terras desconhecidas para realizar seu sonho de ser samurai, em um vilarejo onde moram apenas gatos e onde residir cachorros é algo proibido.

É lá que toda a narrativa se desenrola, onde o nosso herói encontra o vilão Ika Chu (voz de Rick Gervais / César Marchetti) e seu ajudante Ohga (voz de George Takei) que levam Hank a realizar seu sonho de uma maneira bastante inusitada, e obviamente maléfica, para cumprirem seu objetivo para bajularem Xogum (voz de Mel Brooks / Ary Fontoura), o imperador do país dos gatos. Nesse meio tempo, o protagonista encontra vários personagens que o ajudam em sua jornada.

Entre várias piadas sobre cães e gatos, algumas muito engraçadas (e outras nem tanto), “O Lendário Cão Guerreiro” cumpre bem o seu papel de um humor para toda a família, principalmente a criançada, apresentando a famosa narrativa do herói, e até mesmo a conflitos sociais com um tom de fábula, com moral de promover a igualdade entre as espécies de cães e gatos.

A dublagem é um dos pontos fortes da animação, com um elenco em peso: Paulo Vieira se junta a artistas como Ary Fontoura e Deborah Secco, fazendo um trabalho belíssimo ao representar as diferentes emoções e expressões dos personagens. E para o público que verá a versão original, a trama não perde também com nomes como Samuel L. Jackson e Michael Cera.

Para o público adulto, talvez o início com motivações simples seja um incômodo nos primeiros minutos, mas o desenrolar da trama e o desfecho leve e suave fazem com que ao final os espectadores sintam aquela sensação de dever cumprido, de entretenimento e de que foi um momento de gargalhadas que valeu a pena.

E para a criançada não fica nem a dúvida! Gráficos bem desenhados e coloridos, várias piadas, caricaturas e uma história bem agradável, o combo perfeito para qualquer família em um sábado à tarde.

por João Victor Baracho – especial para CFNotícias

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Paramount Pictures.