Crítica: Deadpool


Deadpool em ação em seu filme solo

Acabou a espera! Finalmente Deadpool tem o seu primeiro filme solo e o resultado final é digno de sua história, afinal de contas, o personagem da Marvel aparece bem ao seu estilo: tagarela e fanfarrão. Além disso, o longa de Tim Miller possui todos os ingredientes que uma boa adaptação de quadrinhos necessita.

Um deles é a ação. Mesmo com toda a pompa de Ryan Reynolds, que entrega uma atuação dedicada e que apaga a má impressão deixada em X-Men Origens: Wolverine, Miller não esquece que o Mercenário, além de falastrão, é bom no combate contra os inimigos. Destaque para as sequências de lutas, que são empolgantes e muito bem coreografadas.

Outro fator positivo é que o diretor explora com inteligência a interatividade que existe entre o protagonista e o espectador. A “conversa” entre ele e o público era algo que precisava funcionar no filme, pois é um dos grandes diferenciais do Deadpool e uma das características mais divertidas do personagem.

E os desconfiados podem ficar tranquilos, pois a tal da quebra da quarta parede (maneira como essa interatividade é chamada) é colocada na trama de maneira certeira, com o protagonista fazendo colocações divertidas e pertinentes.

Quanto à trama, ela acompanha Wade Wilson (Reynolds), um sujeito que descobre ter câncer terminal. Sem muitas saídas, ele entra para um projeto misterioso para buscar uma cura. Quando percebe que ficou com o corpo deformado, Wilson se transforma numa espécie de anti-herói e vai atrás do responsável por essa nova dor.

Mesmo com toda a pompa que o Mercenário merece, o longa não escapa de pequenos deslizes. Preocupado demais em agradar somente os fãs mais ferrenhos do personagem (faz isso muito bem, diga-se de passagem), o longa traz referências e piadas muito específicas, o que pode deixar o mais leigo sobre o personagem confuso.

De qualquer forma, Deadpool se mantém firme do início ao fim e sua proposta de entretenimento compensa cada minuto de espera, pois é divertido, eletrizante, engraçado e possui a fanfarrice que o Mercenário Tagarela merece.

por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias