Crítica: Divã a 2
Costumo dizer que um bom filme brasileiro é aquele que retrata a vida das personagens em comunidades carentes, que tem o bandido como anti herói e a polícia como corrupta e o mal necessário, exemplos disso são Cidade dos Homens, Cidade de Deus, Carandiru e Ultima Parada 174(particularmente falando é o que eu mais gosto). Divã a 2 é o avesso dessa realidade mostrada na maioria dos longas brasucas e até agora não entendi se essa inovação deu certo.
Eduarda (Vanessa Giacomo) e Marcos (Rafael Infante) vivem a vida de um jovem casal moderno: que trabalha aos montes e quase não tem tempo um para o outro, e quando tem é só ‘tiro, porrada e bomba’. Um casamento extremamente desgastado e que optam pelo divórcio após várias sessões de terapias.
O filme consegue captar a essência do que é o típico casal do século XXI, mas peca ao forçar a obra a ser engraçada. O longa seria mais cativante se as situações apresentadas fossem mais naturais(se apelassem para o tipo de humor feito pelo Porta dos Fundos, talvez, ficasse mais legal).
O elenco também conta com Fernanda Paes Leme, Marcelo Serrado, Fiuk entre tantos outros globais.
Esse pode ser o viés que o cinema nacional contemporâneo precisa para mostrar que não é feito à base de tiros e clichês, mas é necessário que o espectador vá ao cinema com um olhar underground, que tope assistir a algo com o coração aberto.
por Fernanda Ravagi – Especial para CFNotícias