Crítica: Cinquenta Tons de Cinza
“Cinquenta Tons de Cinza” é, provavelmente, um dos filmes mais aguardados pelo público no ano. Tendo em vista que o livro vendeu mais de 100 milhões de cópias há uma grande expectativa em torno de sua bilheteria. Hollywood se propôs a fazer uma produção cinematográfica sobre sexo, sadomasoquismo e dominação.
O longa começa com Anastasia ( Dakota Johnson ) ajudando a amiga Kate (Eloise Mumford) a cumprir um trabalho, dessa forma ela deve entrevistar o super rico Sr Grey (Jamie Dornan). Durante a entrevista, Anastasia desperta o interesse do cobiçado Christian. É com um diálogo interessante e divertido que o filme mostra o envolvimento dos dois começando.
Dessa parte para frente há diversas situações que mostram quanto Grey é poderoso e enigmático, e o interesse pelo personagem cresce, aos poucos o longa vai revelando alguns mistérios. Anastasia é uma jovem romântica, inteligente e inocente, e acaba caindo nos encantos de Christian. O envolvimento dos dois fica cada vez mais intenso.
Grey é um dominador, que gosta demasiadamente de sexo, e digamos que é um tipo de relação sexual “ politicamente incorreta”, foi esse o fator que despertou o interesse das pessoas pelo livro, e é mostrar isso o propósito principal do filme, porém tudo foi passado de uma forma que não fosse tão pesada para a sociedade. Talvez a diretora Sam Taylor-Johnson tenha ficado com um pouco de medo da reação das pessoas ao verem as chicotas em cenas normais e não em câmera lenta. Dessa forma ponto positivo apenas para a sequência final onde ela mostra com um pouco mais de realidade o que é uma cintada.
Talvez tenha havido um pudor em relação ao homem bater em uma mulher, porém o espectador que vai para ver algo sobre sexo sadomasoquista deve estar consciente de que tudo é propriamente consentido por ambas as partes. E assim a diretora poderia ter sido um pouco menos receosa. E vale frisar que o receio está apenas nas cenas, porque os diálogos, que são bons inclusive, são bem mais picantes.
O ponto forte do longa é algo vindo do livro, os personagens, em principal o Sr Grey, porém na trama ele é um pouco contraditório, fala uma coisa e faz outra, nada fica muito claro sobre quem ele é nesse filme, talvez nas sequencias haja mais explicações e também pode ter sido esse o fator de tamanho mistério.
Para quem pretende ir ao cinema, o enredo é legal, há sim vários momentos de cenas de sexo, o longa não é machista, não encane com essa baboseira, apesar de longo o filme não é cansativo, é uma trama envolvente, o público que leu o livro pode sair um pouco decepcionado e finalmente as cenas são muito bem dirigidas a fotografia é muito bonita a trilha sonora é agradável, os atores estão bem em seu papel, principalmente Dakota Johnson, e para quem gosta de longas romântico ou comédias românticas a trama deve agradar, quem espera algo surpreendente e ousado esse ainda não foi o longa, quem sabe nos outros dois da sequência?
por Tatiane Teixeira – Especial para CFNotícias