Crítica: Birdman
Birdman é um filme dirigido por Alejandro González Iñárritu, um nome marcado pelo aclamado Babel (2006) e Biutiful (2010). No longa o diretor consegue fazer uma crítica muito bem humorada a indústria cinematográfica.
O longa narra a história de Riggan Thomson (Michel Keaton) um ator em decadência que resolveu montar um peça teatral para a Broadway. Além do personagem central, a trama ainda conta com a presença de Naomi Watts, que da vida a um atriz que está a caminho da fama, Edward Norton que faz papel de um ator bem sucedido meio doido, Emma Stone a filha carente e perdida de Riggan, e Zack Galifianakis o amigo, empresário e advogado.
A história de Riggan, e todas as outras subtramas do longa são muito bem construídas, todas com um caráter crítico, bem humorado e as vezes até sentimental. Os personagens são bem apresentados e todos eles em conjunto fazem um roteiro brilhante.
No longa Riggan inicia sua decadência ao rejeitar o convite para protagonizar a sequência do terceiro longa do super herói Birdman, a partir desse momento o personagem cria um alter-ego, a trama mostra como a mente de Thomson é induzida pelo seu passado, e a falta que a fama lhe faz não deixa o personagem seguir com sua vida pessoal e a profissional é muito conturbada.
A escolha de Iñárritu de trazer Micheal Keaton para fazer o papel de Birdman foi muito inteligente, pois o ator vivia às sombras de Batman- O retorno (produzido em 1992), desde então nenhum papel muito grandioso tinha sido entregue a Keaton, o que fica bem compatível com a história de Riggan.
O roteiro do filme é muito original, a história é inteligente, possuí um humor requintado e bem divertido. Os personagens bem construídos são o supra-sumo do longa, vale a pena ir conferir Birdman nos cinemas.
por Tatiane Teixeira – Especial para CFNotícias