Crítica: Planeta dos Macacos – O Confronto
Os fãs aguardaram longos 3 anos para a continuação da nova versão de Planeta dos Macacos. A espera resultou em “Planeta dos Macacos: O Confronto”, longa que é diversão garantida e não decepciona em nenhum aspecto, e através do qual César deve ganhar novos admiradores.
No primeiro filme a história conta a trajetória de um cientista obcecado para curar o Alzheimer de seu pai. Quando as coisas não dão muito certo para seu experimento ele acaba levando um macaco órfão para casa – o que ele não sabia era da inteligência que o animal possuía.
William (James Franco) acaba criando vínculos com o macaco César, mas a separação dos dois acontece; vendo sua espécie sofrer e a falta de caráter de alguns humanos, o primata que agora está preso, dá inteligência para outros Chimpanzés e Orangotangos, usando o mesmo remédio aplicado nele. A cena do vírus, fruto de um experimento com o ALZ113, se espalhando pelo mundo, aumentou as expectativas para o próximo filme.
Este segundo episódio já começa com cenas que mostram notícias na TV apresentando ao espectador a repercussão que o vírus da gripe Símia tomou na humanidade. Após quinze anos, os macacos moram na floresta em uma grande comunidade, da qual César é o líder.
Os primeiros minutos apresentam como os macacos estão vivendo, a comunidade, as regras e a ética que ali existe, logo depois surge a dúvida em César sobre a sobrevivência dos humanos. Nesse momento, os espectadores também também ainda não sabem em que pé está a humanidade. Porém, logo que aparece um grupo de pessoas, também começa a se criar um clima bastante tenso.
Humanos e Macacos querem preservar sua própria espécie viva, e é a partir da vontade de sobreviver, aliada a intrigas pelo poder e quebra de valores consequentes da inteligência, que o longa se desenvolve com grande qualidade.
O filme é muito rico em efeitos especiais. A utilização de humanos para gerar as expressões de macacos e o estudo dos primatas para entender todos os seus movimentos resultaram em um trabalho fiel à imaginação dos criadores e perfeito em termos gráficos.
Também apresenta um roteiro bem interessante que faz o espectador ficar entretido o tempo inteiro, e há muitos momentos de tensão. O grande vilão é daquele tipo que consegue causar raiva na plateia. Toda a história é trabalhada de maneira eficaz, mostrando os conflitos que a inteligência pode gerar, independente da espécie que a possuir.
A trama é daquelas que o espectador não consegue prever o que vai acontecer e com poucos diálogos consegue passar bem sua mensagem. Destaque para as cenas que fazem referência ao longa anterior, elas foram delicadamente colocadas na atual história.
Vale a pena conferir.
por Tatiane Teixeira – Especial para CFNotícias