Crítica: Malévola


poster-malevola-angelina-jolie-vivienne-jolie-pitt-auroraEncantador, essa é uma das palavras que descrevem o sentimento ao ver esse filme, que faz o espectador torcer pelo vilão. “Malévola” é um longa repleto de magia, que recria de forma diferente o clássico A Bela Adormecida. Ao longo dos seus 97 minutos, o enredo conta a história de um ponto de vista ainda desconhecido para o público.

A produção se divide etapas distintas: quando a fada  Malévola ainda é uma pré-adolescente e conhece o camponês ganancioso Stefan, que desperta na bondosa jovem o amor. Em seguida a personagem já adulta (interpretada por Angelina Jolie), e é nessa fase que ela passa pela transição de boazinha para vilã.

A mudança de comportamento da protagonista, uma garota justa que luta pelo seu reino, acontece porque ela teve um sentimento de amor genuíno por Stefan e ele mostrou para a fada o que o ser humano é capaz de fazer por ganância.

O tempo passa e o agora Rei Stefan tem uma filha; Malévola cheia de desejo de vingança, enfeitiça a  pequena princesa Aurora, com uma maldição que diz que quando completar 16 anos, espetará o dedo é cairá em sono profundo até acontecer o beijo de amor verdadeiro – só isso poderá fazê-la acordar. A partir desse ponto a história se desenrola de um jeito bem diferente do que o público conhece.

A trama conta com efeitos visuais fantásticos que levam o espectador a um mundo mágico, tem o sombrio adequado, sem extrapolar com cenas assustadoras desnecessárias, e personagens que trazem um humor mais explícito, como no caso das fadas que cuidam de Aurora, porém as partes mais bem humoradas do filme estão na própria Malévola.

A atuação de Angelina Jolie é muito boa, cheia de caras e olhares discretos e significativos, o figurino faz tudo parecer tirado das páginas dos livros de contos da Disney, a maquiagem também coopera para esse efeito. E Jolie se encaixou perfeitamente no papel.

A história de Malévola pode ser entendida por qualquer criança que não assistiu ao clássico “A Bela Adormecida”, mas é ao público que viveu ouvindo e vendo a personagem desumana que o longa encanta. Para quem está disposto a assistir a um filme de seres mágicos com um enredo que foge do tradicional Disney de amor entre príncipes e princesas, esta é uma boa pedida.

por Tatiane Teixeira – especial para CFNotícias