Crítica: O Hobbit – A Desolação de Smaug
Finalmente chega aos cinemas a segunda parte da trilogia iniciada em 2012 com “O Hobbit – Uma Jornada Inesperada”. Claro que como todo boa produção do diretor Peter Jackson e baseado na obra de J.R.R. Tolkien, “O Hobbit – A Desolação de Smaug” é grandioso (em termos de filmes e literatura). O fina dessa história será visto apenas em 2014 com “O Hobbit: Lá e de Volta Outra Vez”.
São quase 3 horas de suspense, emoção, drama, comédia e muita ação. E não estou sendo parcial, o filme empolga mesmo. Quem nunca leu o livro do qual foi tirada a história não ficará perdido, mas é aconselhável assistir ao primeiro longa, já disponível em DVD e Blu-ray, pois poderá sentir certa dificuldade em relacionar o contexto e os personagens.
Fãs do trabalho de Tolkien podem não concordar com a inserção de dois personagens que não constam do livro original (não estou estragando a surpresa, este dado já foi divulgado na anteriormente pela imprensa). Os elfos Legolas e Tauriel (esta criada especialmente para o cinema) saem da segurança de seu lar para ajudar na continuação da aventura do personagem Bilbo Bolseiro com o mago Gandalf e os 13 anões que tentam recuperar seu reino na Montanha Solitária de Erebor, tomada pelo cruel e perverso dragão Smaug. A participação desses dois seres mágicos, na minha opinião, acrescentou dinamismo à produção e acredito que até o mais ferrenho defensor da pureza do livro terá que dar o braço a torcer, pois não estragou nada e muito menos depreciou o enredo.
A trilogia tem por meta retratar 60 anos antes das aventuras contadas em “O Senhor dos Anéis” e isso representa conhecer certos detalhes que ficaram obscuros na saga. Um ponto que merece destaque é o fato de terem acertado a personificação dos anões guerreiros, pois eles sempre foram descritos como mais atarracados, brigões, meio “sujos” e brutos. Na versão de 2012 eles pareciam mais altos, mais bonitos e quase modelos. Foi um fato que gerou inúmeras críticas por não manter os personagens próximos aos descritos nos livros.
A participação do dragão Smaug é outra parte que merece comentários. Sua aparição é fenomenal, o uso perfeito da mais alta tecnologia computadorizada transformou em realidade um grande nome do imaginário literário, e a escolha do ator Benedict Cumberbatch para a dublagem do vilão foi mais do que acertada (assista e ouça). Dono de uma voz impressionante, o ator britânico impõe respeito e medo à boca do cuspidor de fogo.
Prepare-se para assistir a uma cena final que, depois de uma sequência de tirar o fôlego, tem a capacidade de aumentar ainda mais a vontade de ver a conclusão da saga, que tem estreia prevista para o final de 2014.
Pegue seu cajado, vista sua capa, coloque seu chapéu e vá ao cinema para participar de uma aventura épica.
Clóvis Furlanetto – Editor CFNotícias