Crítica: Conspiração e Poder


Cate Blanchett como Mary Mapes em Conspiração e Poder

Em uma época em que filmes sobre jornalismo estão em alta (prova disso é Spotlight – Segredos Revelados, que ganhou o Oscar em 2016), “Conspiração e Poder”, longa estrelado por Cate Blanchett (Carol) e Robert Redford (Capitão América 2: O Soldado Invernal), é mais uma boa história e um ótimo guia para quem trabalha ou deseja trabalhar no ramo da comunicação.

Tudo porque o filme dirigido por James Vanderbilt (Zoodíaco) serve como um alerta para os profissionais dessa área, pois reforça a importância do processo de apuração e checagem da informação, lição número um para quem é jornalista.

Baseada em fatos reais, a trama acompanha a produtora do tradicional programa televisivo “60 Minutos”, Mary Mapes (Blanchett), que descobre uma história sobre uma possível farsa do então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, em ter pedido dispensa do serviço militar.

A partir daí, Mapes recruta uma nova equipe para investigar o assunto. No entanto, tudo começa a virar um pesadelo para ela quando começam aparecer alguns comentários que questionam a veracidade da história e colocam em xeque sua reputação.

Em um elenco talentoso, Blanchett e Redford são os maiores destaques, mas o interessante é que, assim como Spotlight, todos os coadjuvantes também demonstram sua importância para trama. É o caso dos personagens de Topher Grace (Homem-Aranha 3) e Dennis Quaid (G. I. Joe – A Origem de Cobra), ambos fundamentais durante o processo de apuração da história.

Um dos poucos deslizes do filme é a mudança de tonalidade da trama. Enquanto no início percebemos várias piadinhas e um clima brincalhão entre os protagonistas, a coisa vai ficando mais tensa com o desenrolar do caso, fazendo com que o longa fique mais parecido com um suspense dramático.

Claro que isso não compromete totalmente a diversão e a qualidade da película como um todo. Conspiração e Poder é uma boa escolha de entretenimento, afinal de contas, é mais um filme bem feito que retrata com fidelidade um pouco da rotina de um jornalista, que muitas vezes é maluca e corrida.

por Pedro Tritto – Colunista CFNotícias